SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador de São Paulo eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou na manhã desta quarta-feira (7) Rafael Benini para uma nova secretaria destinada às parcerias de investimentos no Estado. Trata-se de uma nova pasta dedicada a cuidar do investimento privado.
Benini trabalhou com Tarcísio no Ministério da Infraestrutura, onde era diretor da EPL (Empresa de Planejamento e Logística).
Tarcísio anunciou o nome enquanto falava de seus planos para a infraestrutura do estado, em painel com os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), durante evento sobre infraestrutura realizado pela revista Exame, em São Paulo.
"Nossa ideia é investir muito na expansão do transporte metroferroviário e fazer mais concessões de rodovias", disse, acrescentando que o foco principal de seu governo será atrair investimento privado para obras de infraestrutura.
Ele também mencionou que pretende resgatar o transporte ferroviário Estado.
O cenário para captar investimento será desafiador diante da elevação das taxas de juros em diferentes países e da inflação, destacou Tarcísio. "Vamos ver uma drenagem de liquidez e isso aumenta dificuldade de atrair capital estrangeiro."
Tarcísio também mencionou a necessidade de fazer uma reforma fiscal e de promover a responsabilidade fiscal e ambiental.
"Seremos incapazes de trazer investimento para o Brasil se houver a percepção de risco ou insolvência", afirmou.
Benini é o 11º secretário anunciado pelo governador eleito. Já integram seu mandato Gilberto Kassab (Secretaria de Governo), Eleuses Paiva (Saúde), Natalia Resende (Transporte, Logística, Meio Ambiente), Arthur Lima (Casa Civil), Laís Vita (Comunicação), Caio Paes de Andrade, presidente da Petrobras (Gestão e Governo Digital), Lucas Ferraz (Assuntos Internacionais), Sérgio Codelo (Departamento de Estradas de Rodagem), Capitão Derrite (Segurança) e Roberto de Lucena (Turismo).
Segundo o próprio Tarcísio, o principal trabalho da transição tem sido pensar em ajustes para o orçamento do próximo ano e desenhar a estrutura do novo governo. Algumas pastas devem ser extintas, outras serão fundidas e algumas serão criadas.
Os nomes anunciados pelo governador eleito para seu secretariado e sua equipe de transição indicam que ele terá foco em privatizações, como fez no governo Jair Bolsonaro (PL), ampliando as desestatizações vistas em gestões tucanas anteriores.
Os auxiliares incluem pessoas que trabalharam na área de concessões e privatizações com Tarcísio no Ministério da Infraestrutura e pessoas próximas ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
Guedes foi sondado para comandar a Secretaria da Fazenda, mas não assumirá esse cargo, embora siga nos planos para integrar o governo paulista em outra função.
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