SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (9) os primeiros cinco ministros de seu governo. Outros nomes devem ser anunciados após a diplomação, marcada para segunda-feira (12).
O senador eleito Flávio Dino (PSB) irá para o Ministério de Justiça e Segurança Pública; o governador da Bahia, Rui Costa (PT), para a Casa Civil; o diplomata Mauro Vieira para o Itamaraty; o ex-ministro da Defesa José Múcio Monteiro para a Defesa; e o ex-ministro Fernando Haddad para a Fazenda.
FERNANDO HADDAD - FAZENDA
Ex-ministro da Educação volta a trabalhar sob o comando direto de Lula, em 2023. Ex-prefeito de São Paulo, Haddad substituiu Lula na disputa presidencial de 2018 e foi candidato ao governo de São Paulo neste ano. Ao assumir a Fazenda, ele terá seu grande teste para fazer valer a condição de sucessor ungido no PT pelo presidente eleito.
Bacharel em direito, mestre em economia e doutor em filosofia, Haddad define-se de centro-esquerda. A empresários, ele já afirmou que a injustiça social é a maior chaga do país. Também se disse convicto de que não é inibindo o investimento privado que se chega a uma sociedade melhor.
FLÁVIO DINO - JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
Senador eleito e governador do Maranhão, Dino deve levar sua experiência de articulador político e disposição para buscar construir consensos para uma das áreas mais sensíveis do futuro governo Lula.
Formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão, ele fez carreira na magistratura, foi presidente da Associação Nacional de Juízes Federais e membro do Conselho Nacional de Justiça.
JOSÉ MÚCIO MONTEIRO -DEFESA
Múcio tem boa interlocução com diversos integrantes do Judiciário e do Congresso. Celebrado por Jair Bolsonaro (PL), tomou um café com o atual presidente no período eleitoral. Já no período em que Lula governava, ele costumava tocar violão para o então chefe do Executivo.
Engenheiro civil, Múcio é sobrinho do ex-ministro do Trabalho do governo João Goulart, Armando Monteiro Filho (1925-2018), e primo de Armando Monteiro Neto (PSDB-PE), ex-senador e ex-ministro do Desenvolvimento Econômico do governo Dilma Rousseff.
MAURO VIEIRA - RELAÇÕES EXTERIORES
Apadrinhado de Celso Amorim, principal referência do PT nas relações exteriores, Vieira comandou o Itamaraty em 2015 e 2016, no segundo mandato de Dilma Rousseff.
No cargo, terá como missão restaurar a imagem internacional do Brasil, rebaixado à condição de pária durante o governo Bolsonaro em razão dos retrocessos no ambiente, da guinada ultraconservadora promovida pelo ex-chanceler Ernesto Araújo e de atitudes do presidente.
RUI COSTA - CASA CIVIL
Governador da Bahia, o petista deve imprimir na pasta um estilo pragmático com foco em resultados, mas traz na bagagem um histórico de arestas na articulação política.
Nascido na Liberdade, bairro pobre de maioria negra de Salvador, o petista chega ao núcleo central do governo federal fortalecido após eleger seu aliado Jerônimo Rodrigues (PT) para o governo baiano e ajudar a garantir 72% dos votos a Lula no quarto maior colégio eleitoral do país.
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