SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As transações financeiras feitas durante o casamento do presidente Jair Bolsonaro e sua ex-mulher Ana Cristina Siqueira Valle estão perto de escapar da possibilidade de investigação.
A união de fato dos dois se encerrou em meados de 2007, data que completará 16 anos em 2023. Este é o prazo prescricional calculado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro na investigação sobre suposto esquema de "rachadinha" no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), na qual Ana Cristina também é alvo.
Os dois tiveram um divórcio litigioso oficializado em junho de 2008 com acusação de furto e relato de patrimônio não-declarado do casal.
A quebra de sigilo contra os investigados foi autorizada em 2021 e atingiu os dados até 2005. O limite temporal de 16 anos foi imposto pela própria Promotoria, em razão do intervalo limite definido em lei entre o cometimento de um crime e o oferecimento de uma denúncia ?o prazo é calculado com base nas penas de cada delito.
O período incluía, desta forma, o final do casamento entre Bolsonaro e Ana Cristina. Neste intervalo, os dois compraram cinco terrenos, uma sala comercial em Resende e uma casa em Bento Ribeiro, zona norte do Rio de Janeiro.
A investigação, porém, ainda não foi concluída. As transações imobiliárias conjuntas já estão foram do prazo de apuração. Os dados bancários chegaram por completo em outubro ao MP-RJ e ainda estão sob análise do Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e à Corrupção.
Os investigadores poderão analisar os dados recebidos entre 2005 e 2006, mas só poderão ser usados de forma descritiva para apontar crimes cometidos antes do fim do prazo prescricional. Esse limite é encerrado apenas quando a denúncia é aceita pela Justiça.
Ana Cristina é investigada sob suspeita de ser a operadora financeira do esquema no gabinete de Carlos.
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