BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Anauni (Associação Nacional de Advogados da União) enviou um ofício para cada um dos 37 ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lembrando que a Constituição reserva como competência exclusiva dos advogados da União o cargo de assessoramento jurídico nas pastas.
Segundo explicam, como passam pelo assessoramento jurídico a análise de licitações e processos judiciais, a atividade não deve ser exercida por advogados privados, sob o risco de conflito de interesses.
Em 2018, o ex-ministro da Saúde Ricardo Barros (PP-PR) nomeou o advogado da família, Daniel Ramaunik, como consultor jurídico. Ele acabou exonerado em pouco mais de um mês, quando Gilberto Occhi (PP) assumiu a pasta.
Jorge Messias, 42, tomou posse nesta segunda-feira (2) como ministro-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União) em uma cerimônia que contou com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A AGU, que representa juridicamente a União, se tornou central nos últimos governos, com os presidentes frequentemente recorrendo ao advogado-geral da União para resolver entraves das suas gestões no Supremo.
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