SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) repercutiu nesta sexta-feira (6) em suas redes sociais as revelações de ligação entre a milícia e a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil).
"É CPX pra um lado, milícia para outro, a quadrilha não brinca em serviço", escreveu no Twitter.
Eduardo Bolsonaro também fez referência ao deputado Marcelo Freixo, indicado no governo Lula para a presidência da Embratur.
"O PhD em milícia, Freixo, que hoje é serviçal da ministra do turismo enrolada, desconversa e diz que não é com ele. Podia ao menos abrir mão de sua escolta ARMADA né, tá tudo em casa mesmo".
O filho do ex-presidente também fez uma postagem no Instagram afirmando que Jair Bolsonaro (PL) foi acusado injustamente pela esquerda de elo com a milícia.
"Agora olha a ministra do turismo nomeada pelo Dilmo toda enrolada com milicianos!!! Freixo, que é do RJ, expert em milícias diz não saber de nada. MJ Flávio Dino fala que político tem foto com todo mundo. Mas não é uma mera foto. 3 dias e já temos a 1ª crise da quadrilha", escreveu na postagem.
O ex-chefe do Executivo não comentou o caso. Lula usou elo com milicianos para atacar Bolsonaro tanto durante o governo do ex-mandatário como na campanha eleitoral na qual se enfrentaram.
O MBL (Movimento Brasil Livre) também criticou o governo Lula e o elo entre a ministra e a milícia.
"Pra quem disse que não tinha frente ampla no governo Lula, tem ministra ligada à milícia e ministro que recebe orçamento secreto. Parabéns", escreveu o MBL nas redes.
Em outra postagem o MBL diz: "GRAVE: Parece que a Ministra de Lula ligada à milícia não 'chocou' certos perfis."
Conforme a Folha revelou, a ministra Daniela Carneiro mantém elo político com acusados de chefiar milícia em Belford Roxo (RJ).
Na terça (3), reportagem mostrou que o grupo político de Daniela e do marido mantém há ao menos quatro anos vínculos com a família do ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado e preso sob acusação de chefiar uma milícia na Baixada Fluminense.
A Folha revelou também que antes de ser nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Daniela fez campanha no último ano ao lado do vereador Fábio Brasil, o Fabinho Varandão, e de familiares do ex-vereador Márcio Pagniez, o Marcinho Bombeiro. Os dois foram presos em razão das suspeitas.
Respondendo às acusações em liberdade, Varandão compõe desde 2021 o secretariado da Prefeitura de Belford Roxo, comandada por Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (União Brasil), marido da ministra. Atualmente ele está na pasta de Ciência e Tecnologia.
Marcinho Bombeiro segue preso, mas sua irmã e seu pai também foram nomeados na prefeitura. Os dois também tiveram participação ativa na campanha da ministra no ano passado e foram anfitriões de um comício no bairro em que, segundo o Ministério Público, atuava a chamada Tropa do Marcinho.
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