BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Fórum Nacional dos Governadores divulgou neste domingo (8) no qual repudia a invasão de militantes golpistas às sedes dos Três Poderes.
Os chefes dos Executivos estaduais ainda colocam as suas respectivas forças militares de segurança e exigem a apuração dos fatos.
A manifestação acontece após militantes golpistas invadirem o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, deixando um rastro de vandalismo e destruição. Os criminosos também entraram em confronto com as forças de segurança.
Os atos de violência acontecem uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na presidência da República. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se recusam a aceitar o resultado das eleições, na qual Lula se sagrou vencedor.
Os manifestantes foram insuflados pelas falas antidemocráticas de Bolsonaro, que frequentemente atacou o sistema de urnas eletrônicas e insinuou que poderia tomar alguma atitude contra a democracia. Bolsonaro deixou o país dias antes da posse e está nos Estados Unidos.
O Governo do Ceará enviará, ainda nesta madrugada, 70 agentes da polícia militar para reforçar a segurança no Distrito Federal. Nas redes sociais, o governador do estado, Elmano de Freitas (PT), afirmou que "a nossa democracia será protegida".
"Não permitiremos que extremistas que odeiam a democracia tentem provocar o caos e prejudicar o avanço do Brasil", escreveu Elmano.
O Governo da Bahia, comandado pelo petista Jerônimo Rodrigues, também enviará 70 policiais militares.
"O Fórum Nacional de Governadores externa sua absoluta repulsa ao testemunhar os gravíssimos e inaceitáveis episódios registrados hoje no Distrito Federal, os quais revelam a invasão da Praça dos Três Poderes, seguida da ilegal vandalização das dependências do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal por manifestantes golpistas, irresignados com o resultado das eleições legitimamente encerradas no País", informa o texto do Fórum Nacional dos Governadores.
O comunicado prossegue: "As governadoras e os governadores brasileiros, colocando-se à disposição para o envio de forças militares estaduais destinadas a apoiar a situação de normalidade nacional, exigem a apuração das origens dessa movimentação absurda e a adoção de medidas enérgicas contra os extremistas e aqueles que permitiram, por negligência ou conveniência, tal situação, bem como a subsequente penalização de seus responsáveis".
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