BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal até o fim de janeiro. O escolhido para comandar a intervenção foi Ricardo Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.

Capelli foi anunciado como o número dois da Justiça ainda em dezembro. Ele era secretário de estado de comunicação do Maranhão na gestão do então governador Flávio Dino (PSB), hoje Ministro da justiça.

Cappelli é jornalista e especialista em administração pública pela FGV. Já ocupou os cargos de secretário municipal, secretário estadual e secretário nacional em diferentes diversas.

Em cargos na administração pública, o agora interventor trabalhou por sete anos em cargos relacionados à formulação e execução de políticas públicas vinculadas ao esporte.

Ele atuou em governos do PT. Na gestão Dilma Rousseff, entre 2009 a 2013, foi diretor do Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte, no Ministério do Esporte.

Entre 2003 e 2005, no período Lula, foi diretor do departamento de Esporte Universitário do Ministério do Esporte.

Após a designação, Capelli disse nas redes sociais que os responsáveis pelos atos de vandalismo não ficarão impunes.

"Estou em campo, andando no asfalto, comandando pessoalmente as forças de segurança, cumprindo a missão que recebi do presidente da República. Ninguém ficará impune. O Estado Democrático de Direito não será emparedado por criminosos", disse no Twitter.

A intervenção federal ocorre quando a União assume as funções da segurança pública. Dessa forma, transfere o comando das polícias, dos bombeiros e do sistema penitenciário para as mãos do governo federal.

Manifestantes golpistas entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde deste domingo, invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal), perpetrando atos de vandalismo em Brasília. Eles entraram em confronto com a Polícia Militar.

A ação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocorre uma semana após a posse de Lula, antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.

O presidente Lula culpou seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), e disse que ele também é responsável pelos atos de vandalismo que se espalharam por Brasília.

O presidente afirmou que visitará os palácios que foram depredados. Ele lembrou os atos de vandalismo na área central de Brasília no fim de dezembro e criticou as forças de segurança da capital.

"A Polícia Militar estava guiando e vendo eles tocar fogo em ônibus e não fazia absolutamente nada. Esses policiais não poderão ficar impunes e não poderão participar", disse.


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