SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - A maioria da bancada do PDT está afinada e deve compor a base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir da posse dos novos deputados, em fevereiro.

Depois da indicação de Carlos Lupi para o Ministério da Previdência, o partido negocia indicações para o segundo escalão e pleiteia cargos federais que tenham maior capilaridade.

O principal nó a ser desatado está no Ceará, base eleitoral do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), onde o partido caminha para retomar a aliança com o PT do governador Elmano de Freitas.

O acordo encontra obstáculos na ala do partido liderada pelo ex-prefeito Roberto Cláudio, candidato ao governo derrotado em 2022. Ele defende que o partido faça oposição ao novo governador.

Elmano nomeou dois deputados estaduais e um federal do PDT para o seu secretariado. Presidente estadual do PDT, o deputado federal André Figueiredo informou que o partido deve se decidir sobre o governo Elmano apenas em fevereiro, após a posse dos novos deputados.

Para o deputado federal Mauro Filho, um dos nomes mais próximos aos irmãos Cid e Ciro Gomes, a aliança está selada: "A bancada está afinada, teremos três secretários".

PT e PDT romperam uma aliança de 16 anos no Ceará em julho do ano passado, quando os pedetistas preteriram a governadora Izolda Cela e escolheram o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio como candidato a governador.

A decisão causou insatisfações no PT, liderado pelo então governador Camilo Santana (PT). Na ocasião, o partido rompeu a aliança e lançou Elmano de Freitas ao governo.


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