BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara anunciou nesta sexta-feira (27) sua desfiliação do PSB, partido ao qual era filiado havia oito anos.

Embora agradeça a parceria em uma carta dirigida ao presidente da legenda, Carlos Siqueira, o pano de fundo é a insatisfação com a articulação do PSB que priorizou a indicação de Márcio França para o primeiro escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O partido se uniu em torno do ex-governador de São Paulo na expectativa de ser contemplado com Cidades, mas acabou ficando com Portos e Aeroportos que tem relevância mais restrita a São Paulo.

O incômodo é ainda maior com o diretório de Pernambuco que, segundo interlocutores, preteriu a ala do partido com maior musculatura. Ao indicar França, aumentam as chances de a deputada federal Tabata Amaral se consolidar como candidata à prefeitura de São Paulo.

Outro motivo para a desfiliação de Câmara é a sinalização que recebeu de Lula de que deverá presidir o Banco do Nordeste. A legislação atual prevê uma quarentena de pelo menos 30 dias de cargos de direção partidária para assumir a presidência de estatais. O ex-governador era também vice-presidente nacional do PSB.

Na carta dirigida a Siqueira, Câmara lembra que entrou na legenda a convite de Eduardo Campos e teve a "difícil tarefa" de suceder o "melhor governador da história".

"Ao tempo que finalizei a honrosa tarefa de ser governador de Pernambuco também avaliei concluída minha história partidária junto ao PSB", anuncia.


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