MACEIÓ, AL (UOL-FOLHAPRESS) - A ex-deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB-SP) disse que conversou com o senador Marcos do Val (Podemos-ES), e negou que o parlamentar capixaba vá renunciar ao seu mandato, após acusar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de coagi-lo para aplicar um golpe de estado.
No Twitter, Paschoal afirmou que Do Val "se sente muito injustiçado" por ser atacado tanto por setores da esquerda quanto da direita, e sua fala de que sairia da política foi apenas "em tom de desabafo".
[Ele] me garantiu que não abandonará sua importante cadeira. Não somos próximos, mas tomei a liberdade de ligar para ele e pedir a ele para não sair [...] E ele garantiu que fica! Eu agradeço o senador por atender esse pedido. Acreditem, não é fácil", escreveu a ex-deputada.
Em vídeo nas redes sociais, o senador, um dos principais aliados de Jair Bolsonaro no Congresso, afirmou que, após a derrota, o ex-presidente arquitetou uma forma de dar um golpe para continuar no poder;
A tentativa de ruptura institucional teria partido de Bolsonaro e do então deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) durante uma reunião m 9 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada;
Do Val afirma que denunciou a trama e alertou o ministro do STF Alexandre de Moraes, uma das vítimas da suposta artimanha bolsonarista;
A ideia era que alguém da confiança de Bolsonaro se aproximasse de Moraes para captar algo comprometedor para prender o ministro e impedir a posse de Lula;
O senador entregou à revista Veja mensagens que comprovariam suas acusações;
Segundo a revista, Do Val chamou a estratégia de "uma ação esdrúxula, imoral e até criminal";
Após as revelações, Marcos do Val sinalizou que pretende se afastar de suas funções como senador da República.
Em tom de desabafo, o senador afirmou que "perdeu" a convivência com seus familiares, "em especial com minha filha". Ainda, sinalizou que desistirá do cargo político para retomar a carreira nos Estados Unidos.
Segundo Do Val, ele chegou a sofrer um princípio de infarto e os ataques que ele tem sofrido afetam também seus parentes.
Marcos do Val foi eleito em 2018, com 24,08% dos votos capixabas. Na época, o então candidato do PPS (hoje Cidadania) ficou em segundo lugar, derrotando Magno Malta (PL), aliado de Jair Bolsonaro no Espírito Santo.
Indiciamento de Bolsonaro. Nas redes, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que as acusações feitas por Marcos do Val eram o que faltava para pedir o indiciamento do ex-presidente por atentar contra o Estado brasileiro.
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