BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com o início do ano legislativo, começou também uma corrida de assessores e organizações da sociedade civil para a coleta de assinaturas para a abertura de frentes parlamentares. Somente um dos grupos de WhatsApp criados para facilitar os trâmites tinha 943 participantes até o início da tarde desta segunda-feira (13) e ao menos 150 propostas de frente a serem criadas.
Há grupos de diversos assuntos. O deputado Juninho do Pneu (União-RJ), por exemplo, tenta alcançar as 171 assinaturas necessárias para criar a Frente Parlamentar do Ciclista.
Para representar municípios, já foram propostas a Frente Municipalista, a em Defesa dos Pequenos e Médios Municípios, a pelo Equilíbrio Fiscal dos Municípios e até uma mais específica, voltada para aqueles que são sede de usinas hidroelétricas.
Uma das mensagens circulando no grupo afirma que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) "apoia e pede suporte" para a instalação da Frente Parlamentar da Inteligência de Estado. Para facilitar, já vem junto da mensagem um QR Code que direciona para a página no sistema da Câmara que permite o apoio de forma virtual. A iniciativa é o deputado federal Alberto Fraga (PL-DF).
As frentes parlamentares servem para organizar a atuação dos deputados e senadores em torno de um tema. Com frequência, elas surgem a partir da sugestão de entidades externas e de lobistas.
Para serem instaladas, precisam ter ao menos um terço dos integrantes da cada casa legislativa correspondente -171 na Câmara e 27 no Senado. Por isso, a insistência pelas assinaturas não foi interrompida nem no último final de semana.
É comum a variedade de temas e o número elevado de grupos. Na última legislatura, que se encerrou este ano, havia 352 frentes parlamentares no Congresso. A maior parte foi criada ainda em 2019.
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