BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Dados preliminares levantados pelo Ministério de Relações Exteriores mostram que a isenção do visto para quatro países instituída no governo de Jair Bolsonaro (PL) teve um impacto baixo para a vinda de turistas no Brasil.

A medida foi adotada contrariando o princípio da reciprocidade adotado historicamente pelo Itamaraty, com base no qual exige-se os mesmos critérios estabelecidos para a entrada de brasileiros em cada país. A justificativa era reforçar o turismo.

Na época, livraram-se da obrigatoriedade do visto os Estados Unidos, a Austrália, Japão e Índia.

Os dados foram solicitados pelo ministro Mauro Vieira assim que ele assumiu. Para fazer a comparação, o Itamaraty isolou o período de vigência da nova norma dos impactos da pandemia de coronavírus, que restringiu a circulação a partir de 2020.

Em uma análise preliminar, o que se constatou é que outros fatores influenciam mais a decisão de turistas, como a proximidade e a afinidade cultural.

Além disso, a isenção do visto também impacta da renda de consulares, que cobram para fazer a emissão do documento.

Os dados apontam para a necessidade de revisão da política e a retomada da reciprocidade, mas não deve ser uma mudança de curto prazo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Washington com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e esse assunto não figurou nas conversas dos dois.


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