SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O corregedor da Receita Federal que denunciou pressão sob o ex-presidente Jair Bolsonaro, João José Tafner, foi exonerado nesta quinta-feira (9) após pedir para deixar o cargo.
O QUE ACONTECEU:
A portaria assinada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) foi publicada na edição de hoje do DOU.
Tafner diz ter sofrido pressão para arquivar um processo disciplinar contra o então chefe da inteligência da Receita, Ricardo Feitosa, acusado de quebrar irregularmente os sigilos fiscais de desafetos da família Bolsonaro, revelou a Folha de S.Paulo.
Tafner é um auditor visto como próximo da família Bolsonaro. Ele foi nomeado corregedor da Receita em fevereiro do ano passado com o aval do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que já foi investigado pelo esquema de "rachadinha" e estaria interessado em um controle maior do órgão. Uma das pessoas que teve informações violadas foi justamente o então procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, que apurou os supostos desvios.
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