SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o presidente dos Correios, Fabiano Silva, decidiram em reunião nesta quinta-feira (6) que a negociação para que a gestão municipal assuma o Palácio dos Correios deve seguir o modelo de concessão, e não mais de venda.
A ideia do prefeito é reformar o prédio, localizado na praça Pedro Lessa, no vale do Anhangabaú, e transformá-lo na primeira unidade do projeto SP24, que tem a proposta de reunir serviços municipais ao cidadão durante 24 horas, em funcionamento similar ao Descomplica.
Além disso, o local também abrigaria uma central de monitoramento 24 horas da cidade, com o objetivo de acompanhar o funcionamento de semáforos, piscinões, Samu, entre outros.
Atualmente, o prédio é subaproveitado e abriga basicamente uma agência dos Correios.
A prefeitura vinha negociando com a gestão anterior dos Correios, no governo Jair Bolsonaro (PL), a compra do prédio por R$ 77,6 milhões.
A atual administração federal, no entanto, defende o modelo de concessão, com o objetivo de preservar o espaço que é considerado simbolicamente e historicamente importante para os Correios. Nesta quinta-feira (6), o governo Lula publicou um decreto os Correios, a EBC, a Ceitec e outras estatais de programas de desestatização.
A prefeitura também vê vantagens no modelo de concessão, por considerá-lo burocraticamente mais simples e ágil e por não exigir um investimento tão grande na aquisição.
A modelagem do projeto de concessão, com prazos e valores, será definida nas próximas semanas.
Inaugurado em 1922, o prédio foi projetado pelo escritório Ramos de Azevedo e concentrou as atividades administrativas dos Correios até a década de 1970, quando a sede foi transferida para a Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo.
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