SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Caso seja indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin não poderá decidir sobre temas relacionados à Vaza Jato, nem às acusações do advogado Rodrigo Tacla Duran contra o senador Sergio Moro (União-PR).
Zanin teve atuação nos dois casos como advogado de Lula, e deverá ser considerado suspeito. A Operação Spoofing investigou o hackeamento de celulares de autoridades que comandavam a Lava Jato, caso que ficou conhecido como Vaza Jato.
O ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou nesta semana, relatou o pedido feito por Zanin para ter acesso aos diálogos contidos na Spoofing, em 2020.
O ministro que entrar na vaga aberta deve herdar processos e relatorias que estavam sob sua responsabilidade.
Já a revogação da prisão preventiva de Duran, expedida no mês passado pela Justiça Federal de Curitiba, é consequência da anulação do uso de softwares da empreiteira Odebrecht como elementos de prova, gerada por uma reclamação formulada por Zanin ao STF.
A eventual ida do advogado de Lula ao STF provocará a redistribuição dos processos, que poderão ficar com um ministro mais favorável à Lava Jato.
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