BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também é investigada pela Polícia Federal sob suspeita de fraude no registro de vacinação.

Embora não tenha sido alvo da operação Venire, Michelle também está na mira dos investigadores que apuram uma suposta "associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde."

A residência de Michelle e Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão nesta quarta (3) na operação da PF que tem como alvo seu marido e prendeu quatro ex-assessores e seguranças do ex-presidente.

A PF apura se Bolsonaro e seus então assessores inseriram dados falsos no sistema do ministério para conseguir viajar aos Estados Unidos.

Os supostos crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores teriam sido praticados entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, segundo a PF.

"A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19", afirma a PF.

Foram alvos de mandado de prisão os ex-ajudantes de ordens Mauro Cid e Luis Marcos dos Reis, os seguranças Max Guilherme e Sergio Cordeiro, Ailton Moraes Barros, candidato a deputado estadual pelo PL-RJ em 2022, e João Carlos de Sousa Brecha, secretário em Duque de Caxias (RJ).

Todos teriam atuado para fraudar o sistema com inserções de dados falsos para favorecer Bolsonaro, Cid e a filha do ex-presidente com Michelle, Laura Bolsonaro.

Com as inserções, segundo a linha de apuração da PF, eles conseguiriam comprovar a vacinação mesmo sem ter tomada a vacina contra Covid.


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