BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Durante reunião desta quarta-feira (10) com o PSD no Palácio do Planalto para azeitar a articulação, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, sugeriu a retomada do conselho político, nos moldes do que foi criado no gabinete de transição no ano passado.
À época, o grupo foi montado com a representação de cada um dos partidos aliados e se reuniu sob o comando de Gleisi. Ao recriá-lo, o objetivo é tentar manter uma linha de contato mais direto com as legendas e evitar surpresas, como a derrota na votação dos decretos sobre o marco do saneamento, na semana passada.
Segundo relatos de participantes da reunião, a sugestão foi bem recebida. Os parlamentares disseram haver uma série de "frustrações reprimidas" por falta de diálogo, que acabou sendo expressada na votação contra o governo.
No encontro, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), afirmou estar ciente das dificuldades e garantiu já estar trabalhando para sanar os entraves.
Sobre a liberação de emendas, afirmou que um montante já seria autorizado esta semana. Com relação a cargos, disse que muitas das pendências não dependiam apenas do governo. Alguns dos indicados, por exemplo, ainda não haviam apresentado os documentos necessários para tomar posse.
O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) fez uma explanação sobre os pontos do arcabouço fiscal que preocupavam a bancada e destacou três para serem apresentados ao relator, Cláudio Cajado (PP-BA). Um deles, a necessidade de deixar expresso que não haverá aumento da carga tributária para alcançar as metas de receita, teve a concordância do governo.
Com isso, a bancada pediu para que o relatório só seja apresentado na próxima terça-feira (16), de modo a dar tempo de uma nova reunião. Enquanto os deputados estavam no Planalto, Cajado reunia-se com outra parte da legenda.
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