SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As cúpulas de PSDB e MDB retomaram as conversas para a formação de uma federação entre os dois partidos, que chegaram a ocorrer no ano passado. O assunto foi debatido numa reunião em Brasília nesta quarta-feira (24).

Os tucanos compareceram em peso, com a presença do presidente do partido e governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, dos governadores Raquel Lyra (PE) e Eduardo Riedel (MS), do prefeito de Santo André, Paulo Serra e do ex-senador Tasso Jereissati (CE), além de outros integrantes da sua Executiva. Pelo MDB compareceu o presidente do partido, Baleia Rossi.

A ideia agora é um pouco diferente da anterior. Não se trataria de criar uma nova federação, mas agregar os emedebistas à que já existe entre PSDB e Cidadania, que vale até o começo de 2026.

O arranjo teria como foco a eleição municipal de 2024, portanto, sem compromisso de que perdurasse para a nacional. Os tucanos almejam lançar Leite, enquanto os emedebistas, que estão na gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT), podem apoiar o candidato governista ou apresentar a atual ministra do Planejamento, Simone Tebet.

Os dois partidos combinaram de fazer uma consulta ao TSE para saber se esse modelo, de agregar o MDB à federação PSDB-Cidadania, é viável juridicamente. Deve haver nova reunião em 15 dias.

A avaliação é que os partidos de centro devem se unir para não correrem o risco de minguar num cenário polarizado nacionalmente na eleição. Há também a intenção de atrair o Podemos para a aliança.

Dirigentes dos partidos afirmam que, embora haja diferenças entre emedebistas e tucanos em alguns locais, as convergências são maiores. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a federação sacramentaria o apoio do PSDB à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).


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