SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), procurou dirigentes do PL de São Paulo para filiar sua mulher, Regina Carnovale Nunes, à sigla.
Nunes tem buscado se aproximar de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com vistas à disputa pela reeleição no ano que vem. Ele inclusive já foi convidado diversas vezes a migrar para o partido de Valdemar Costa Neto.
O PL atualmente se encontra dividido. A chamada ala raiz, representada por lideranças antigas da sigla, participa da gestão municipal e prefere apoiar Nunes no ano que vem. Já os políticos que entraram no partido para acompanhar Bolsonaro preferem a candidatura do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP).
Os dirigentes tradicionais do PL argumentam que a migração de Nunes resolveria a questão e unificaria o partido em torno de sua candidatura. Além disso, a sigla definiu como meta ter candidaturas próprias em municípios com mais de 200 mil habitantes.
Quando questionado sobre o assunto, Nunes destaca que está no MDB desde os 18 anos de idade e que uma migração de partido precisaria envolver Baleia Rossi, presidente da legenda, e Valdemar.
O gesto de filiação da esposa pareceu para lideranças do PL como um indicativo de que há chance de que ele mude de partido. A filiação não envolve interesse eleitoral imediato da primeira-dama, que não pode participar da disputa municipal enquanto Nunes for prefeito.
Regina relatou ter ficado particularmente impressionada em evento do PL Mulher no começo do mês, quando Bolsonaro discursou ao lado de Nunes na Assembleia Legislativa de São Paulo. O PL Mulher tem Michelle Bolsonaro como sua principal liderança nacional. Em São Paulo, ele é comandado pela deputada federal Rosana Valle (PL-SP).
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