BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) afirmou que a medida provisória (MP) que reestrutura a Esplanada dos Ministérios será votada na Casa nesta terça-feira (30), mas ponderou que caberá aos parlamentares decidir sobre o texto, não sendo possível garantir uma versão de interesse do governo Lula (PT).
"Tem que ser votada. Se vai ser aprovada, se não vai ser aprovada, se vai ser emendada, se vai ser modificada, é o plenário. Não votar acho que é um ato abusivo", disse Lira ao chegar à Câmara.
Ele afirmou que não participou "diretamente" da articulação da medida provisória e que isso ficou a cargo da liderança do governo na Câmara. Segundo ele, devem ter "muitos destaques" ao texto apresentado pelo relator Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL).
O texto previsto para ser votado no plenário da Câmara esvazia os ministérios de Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), além da pasta do Desenvolvimento Agrário, comandada por Paulo Teixeira.
Segundo Lira, a MP será votada após a apreciação do projeto de lei do marco temporal.
Mais cedo, o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) disse que o governo Lula irá defender a aprovação da versão alterada pelo Congresso.
"Reafirmo que vamos defender o relatório do jeito que está", afirmou Padilha em evento com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, em Brasília. "Não digo que é o relatório ideal para o governo, mas foi uma construção com a Câmara e o Senado", completou.
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