BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) instaurou nesta quarta-feira (31) uma sindicância para apurar as agressões a jornalistas promovidas por agentes de segurança brasileiros durante entrevista com o ditador venezuelano Nicolás Maduro.
Em nota, o gabinete ainda se solidarizou com a jornalista da TV Globo Delis Ortiz. Assim como nas demais manifestações do governo Lula (PT), não houve menção aos demais agredidos.
O presidente ainda não se manifestou sobre o episódio.
As agressões ocorreram na noite de terça (30), quando jornalistas cobriam a reunião de líderes sul-americanos, promovida por Lula, em Brasília.
Maduro foi o último chefe estrangeiro a deixar o Itamaraty e parou para fazer declarações à imprensa, quando dezenas de jornalistas se aproximaram para ouvi-lo. Ao deixar o local, ele seguiu respondendo a perguntas, momento em que as agressões começaram a ocorrer.
Pelo menos três jornalistas relataram agressões. A repórter Delis Ortiz, da TV Globo, afirmou ter recebido um soco no peito. O repórter Sergio Roxo, de O Globo, foi arrastado pela roupa e depois imobilizado; e uma terceira profissional, Sofia Aguiar, da Agência Estado, disse ter sido empurrada por um segurança.
O governo se manifestou na sequência, por meio do Ministério das Relações Exteriores e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
Pouco depois do ocorrido, o Itamaraty lamentou o episódio. Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República também repudiou a agressão. "Todas as medidas possíveis serão tomadas para que esse episódio jamais se repita", afirmou.
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