BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) afirmou que já esperava a aprovação na Câmara dos Deputados da medida provisória que reestrutura o governo. "Era razoável que a Câmara votasse do jeito que votou", disse.

A Casa aprovou a matéria após emparedar o mandatário, que teve de ceder, por exemplo, no plano de tentar manter a possibilidade de extinção da Funasa para conseguir maioria no parlamento.

Aliados de Lula aceitaram a proposta do centrão de recriar o órgão que é alvo de cobiça de partidos para indicações políticas.

O texto aprovado nesta quarta-feira na Câmara e que será avaliado nesta quinta-feira pelo Senado também esvazia poderes das áreas ambiental e indígena do governo federal.

Deputados chegaram a ameaçar deixar a medida perder a validade, o que forçaria a retomada do desenho da Esplanada nos moldes do governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL).

A aprovação foi por 337 votos a favor e 125 contrários (e uma abstenção). A MP ainda precisa ser aprovada pelo Senado nesta quinta-feira (1º) para não perder validade.

Líderes do centrão falaram em dar uma última chance para que o governo mude a articulação política.

O Palácio do Planalto buscou nesta terça (30) e quarta dar uma resposta rápida às insatisfações do grupo liderado por Lira.

A operação do governo envolveu uma ligação telefônica de Lula para Lira logo no começo da manhã desta quarta. Na conversa, o deputado apresentou um panorama da insatisfação generalizada na Câmara e Lula fez um apelo para que se vote a MP.


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