BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, responsável pelos processos referentes aos ataques golpistas de 8 de janeiro, descarta a possibilidade de fazer a investigação em conjunto com a CPMI (Comissão Mista Parlamentar de Inquérito) instalada no Congresso.
"Seguem sendo trabalhos independentes", disse ao Painel.
Segundo ele, essa distância é importante para evitar contaminações políticas, naturais da atuação de um colegiado parlamentar.
O autor do requerimento da CPMI, deputado André Fernandes (PL-CE), por exemplo, é um dos investigados pela PGR (Procuradoria Geral da República).
O Ministério Público Federal, inclusive, negou a cessão de investigadores para auxiliar nos trabalhos, prática já usada em outras comissões. Segundo Carlos Frederico, a equipe trabalhando nos mais de mil processos é enxuta, e já faltam braços.
O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), prevê a votação do plano de trabalho na próxima terça-feira (6) e, na quarta, já a votação dos primeiros requerimentos -- até o momento já foram protocolados 770.
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