BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Nas contas do senador Veneziano Vital (MDB-PB), a sabatina nesta quarta-feira (21) do advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o STF (Supremo Tribunal Federal), não deve passar de 5 horas de duração.
O primeiro a sabatinar Zanin é o próprio Vital, relator da indicação. Ele pretende fazer no máximo cinco perguntas, para não alongar o escrutínio e dar a oportunidade para os outros colegas se manifestarem.
Depois, o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Davi Alcolumbre (União-AP), deve abrir o espaço para os demais senadores em bloco, de três em três.
Isso frustra a estratégia da oposição de fazer perguntas individuais e conseguir, ao menos, pressionar o advogado. Ao responder um a um de "bate pronto", o parlamentar com a palavra pode cobrar as respostas e não deixar a brecha para que algo propositalmente não seja respondido.
A base do governo Lula espera que as perguntas da oposição circulem em torno do mesmo tema, a relação com o presidente, tópico para o qual chegará preparado. Esses parlamentares não apostam em maiores constrangimentos a Zanin, que nas últimas semanas conseguiu conquistar o apoio até mesmo de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A sabatina mais breve até hoje foi a da ministra Cármen Lúcia, em maio de 2006, e durou 2 horas e 11 minutos, seguida por Ricardo Lewandowski, que agora se aposenta, que teve 2 horas e 27 minutos. A mais longa foi a de Edson Fachin, com 12 horas e 25 minutos.
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