SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) planeja conceder a operação de todas as linhas de metrô de São Paulo durante o seu mandato. O plano reforçaria a marca privatista que ele pretende implantar em sua gestão.
Atualmente, as linhas de metrô operadas por empresas privadas em São Paulo são a 4-amarela e a 5-lilás. Além delas, são concessionadas duas em obras, a 6-laranja e a 17-ouro (monotrilho do aeroporto de Congonhas). Da mesma forma, futuras linhas seriam feitas e administradas pela iniciativa privada.
A ideia de Tarcísio é conceder também as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata. Em um primeiro momento, a privatização da empresa em si não está nos planos.
As linhas a serem privatizadas são as que mais levam passageiros na cidade. A 3-vermelha transportou mais de 300 milhões em 2022, seguida da 1-azul (295,9 milhões) e da 2-verde (167 milhões). Já a 15-prata, um monotrilho na zona leste, é marcada por problemas constantes de operação.
Em abril, Tarcísio anunciou a contratação e a realização de estudos para a concessão de todas as linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). O estudo tratará da concessão das linhas 10-turquesa, 11-coral, 12-safira, 13-jade, além da futura linha 14-ônix, que fará a ligação com Guarulhos, na Grande São Paulo.
Assim como quando foi ministro da Infraestrutura, o governador defende o argumento de que a iniciativa privada atua com mais eficiência do que o setor público. Ele tem o objetivo de estabelecer a marca de um governo que passou um grande número de equipamentos do poder público para a administração empresarial.
Um dos principais motivos para que Tarcísio tenha escolhido Julio Castiglioni para assumir a presidência do Metrô, em março, foi a sua experiência à frente da privatização do porto de Vitória, no Espírito Santo.
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