BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou ao chegar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que já admite recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) caso seja derrotada no julgamento que pode tornar o ex-presidente inelegível.

O advogado Tarcísio Vieira de Carvalho entende que houve cerceamento de defesa do ex-mandatário pelo fato de o relator, ministro Benedito Gonçalves, ter incluído no processo provas das quais não teve oportunidade de se manifestar a respeito e que não têm relação com o objeto inicial da ação.

O advogado cita julgamento que cassou a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), em 2017, quando a corte não admitiu a inclusão de elementos que não estavam nos autos desde o início do processo. Agora, no entanto, a corte eleitoral já aprovou a inserção de fatos que não estavam na ação apresentada pelo PDT.

O partido, que hoje faz parte da base do presidente Lula (PT), pediu a cassação dos direitos políticos de Bolsonaro pelo fato de ele ter convocado embaixadores de todo o mundo para desacreditar, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro.

Na ocasião, ele também fez ataques a ministros da corte eleitoral.

O TSE, porém, aprovou a inclusão da minuta do golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, revelada pela Folha de S.Paulo e outras provas que não eram mencionados na petição inicial do partido trabalhista.


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