BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O STF (Supremo Tribunal Federal) começou a julgar nesta sexta-feira (23) mais um pacote de denúncias contra os envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro.

Desta vez, os ministros decidirão se tornam réus 45 pessoas denunciadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República), a maioria (37) sob a acusação de incitar as Forças Armadas contra os Poderes e de associação criminosa.

Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes votou pela abertura das ações penais contra os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A análise é feita no plenário virtual do tribunal, com a inserção dos votos no sistema eletrônico da corte. O julgamento será concluído às 23hh59 da segunda-feira (26).

Há também entre os acusados quem participou da depredação às sedes dos três Poderes. Um deles é Antônio Cláudio Alves Ferreira, flagrado pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto destruindo o relógio histórico trazido ao Brasil por dom João 6º, em 1808.

Figuram também no julgamento os casos de Marcelo Fernandes Lima, que teria furtado a réplica da Constituição, e William Lima, flagrado com a toga de um ministro do STF.

A PGR atribuiu a quem participou do vandalismo aos prédios públicos crimes como abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Um outro caso em análise pela corte é do policial legislativo Alexandre Bento Hilgenberg, acusado de "omissão no cumprimento de seus deveres funcionais".

O Supremo já tornou réus 1.245. Contando com os 45 casos incluídos no julgamento iniciado nesta sexta, ainda estão pendentes de análise 145 denúncias.


Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!