SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Reunião do prefeito Ricardo Nunes (MDB) com o diretório municipal do PSDB na Prefeitura de São Paulo na segunda-feira (3) gerou incômodo em tucanos mencionados no encontro e que atualmente compõem a cúpula do partido.

Foram citados Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul e presidente do PSDB, Marco Vinholi e Orlando Faria, respectivamente presidente e tesoureiro do diretório estadual do partido.

Em sua colocação mais contundente segundo os presentes, Nunes disse que Vinholi estaria descumprindo acordo ao defender candidatura própria do partido na capital.

Segundo o emedebista, Vinholi participou de reunião em 2022 na qual líderes de MDB, União Brasil e PSDB teriam decidido que Edson Aparecido, aliado de Nunes, não seria vice de Rodrigo Garcia (PSDB) na eleição daquele ano, mas todos apoiariam sua candidatura a prefeito em 2024.

Vinholi diz ao Painel que tem crescido no partido a opinião de que o PSDB deve "apresentar uma opção ao eleitor da capital", assim como também existem "opiniões para possibilidades de composições".

"Nosso compromisso é de um debate democrático nesse sentido, considerando o conjunto do partido", afirma.

Faria afirma que considera uma pena que Nunes promova "uma reunião recheada de críticas a dirigentes do PSDB, ainda mais dentro da prefeitura".

"Será que ele acredita que semear a discórdia interna no partido ajudará a ter nosso apoio em 2024?", questiona o tesoureiro. Ele também diz que os comentários a respeito de Vinholi não fazem sentido, pois ele estaria apenas repercutindo o posicionamento de Eduardo Leite de que o partido deve buscar candidaturas próprias em todas as capitais.

Fernando Alfredo, presidente do PSDB municipal e articulador da reunião, diz que o partido se comprometeu a apoiar Nunes e que ele, enquanto estiver na sigla, será um garantidor do cumprimento de acordos.

Alfredo ainda diz que Leite foi apenas elogiado na reunião e que ele avalia que o governador tem comandado o partido com "muita destreza". As críticas mais fortes, segundo ele, foram direcionadas a Vinholi.

Ele acrescenta que, em sua opinião, o PSDB não pode repetir em 2024 o que ele chama de "erro de 2008", quando o partido lançou Geraldo Alckmin (hoje no PSB) para disputar a prefeitura contra Gilberto Kassab (hoje no PSD, então no DEM) e ficou fora do segundo turno, composto pelo então prefeito, que seria reeleito, e Marta Suplicy (hoje sem partido, então no PT).


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