SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Justiça manteve a absolvição do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) nesta quinta (27) em acusação de corrupção no caso JBS. A absolvição em segunda instância pelo crime de corrupção passiva ocorreu por unanimidade entre os juízes do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), que abrange São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Os juízes do TRF-3 entenderam que, embora tenha havido pagamentos que possam ser considerados suspeitos, não foram encontrados elementos suficientes para demonstrar que Aécio recebeu valores de Joesley Batista, um dos donos da JBS, em troca de favores em sua atuação como parlamentar.

O deputado federal já havia sido absolvido em primeira instância em março de 2022 pela Justiça Federal em São Paulo, em decisão do juiz Ali Mazloum.

A decisão do TRF-3 também garante a absolvição de sua irmã, Andrea Neves da Cunha, de seu primo Frederico Pacheco Medeiros, do ex-assessor Mendherson Souza Lima e de outros dois denunciantes.

Segundo denúncia do Ministério Público Federal, Aécio pediu R$ 2 milhões a Joesley para arcar com sua defesa na Operação Lava Jato. Durante a negociação, o parlamentar afirmou que mandaria o primo, Frederico Pacheco, para receber a quantia.

"Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho", disse Aécio em conversa gravada por Joesley. O empresário aceitou um acordo de delação premiada depois que a PF descobriu, em 2016, indícios de corrupção na JBS.

Aécio disse à época que a relação com Joesley era de cunho pessoal e que o valor fazia referência a um adiantamento referente à venda que não se concretizou de um apartamento.


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