BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal notificou o ex-ministro Anderson Torres para a devolução de R$ 87,5 mil em salários recebidos durante os mais de três meses em que ele esteve em prisão preventiva.

A corporação deu a Torres --que é delegado afastado da PF-- o prazo de 30 dias para efetuar o pagamento.

Ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Torres foi preso em janeiro por suposta omissão nos ataques golpistas do dia 8 daquele mês.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liberdade provisória para Torres em 11 de maio.

A defesa de Torres insistia no pedido de liberdade sob a justificativa de piora do estado mental dele.

Apesar da soltura, Moraes determinou medidas cautelares para o ex-ministro. Ele tem que usar tornozeleira eletrônica e não pode se ausentar do Distrito Federal ou sair à noite e nos finais de semana. Ele também foi afastado do cargo na polícia.

A defesa de Torres disse nesta quinta-feira (27) que vai se manifestar contra a suspensão do salário no prazo legal.

Segundo o advogado Eumar Novacki, o STF tem entendimento de que, "no período referente à prisão preventiva, não é permitida a suspensão ou a cobrança da remuneração recebida pelo servidor público".


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