BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Uma juíza de Brasília determinou nesta segunda-feira (11) que o PSDB terá que realizar, no prazo de 30 dias, uma nova eleição dos membros da sua executiva nacional e declarou nula a comissão que definiu Eduardo Leite como presidente da sigla.

O pedido à Justiça foi feito pelo prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), e decidido pela juíza Thais Araújo Correia, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Cabe recurso.

Morando pediu a nulidade da segunda prorrogação da comissão executiva nacional do PSDB, definida em 2022 e com duração até maio de 2023, sob o argumento de que o estatuto do partido permite uma única prorrogação.

No final do ano passado, essa comissão definiu que Leite, que é governador do Rio Grande do Sul, seria o presidente da sigla a partir de fevereiro deste ano.

Procurado, o PSDB afirmou que aguarda ser notificado da decisão. Políticos do partido consultados pela reportagem dizem que a eleição de Leite como presidente do partido foi anulada.

"Forçoso reconhecer a nulidade da prorrogação do mandato da segunda prorrogação da Comissão Executiva Nacional, com vigência de 01.06.22 a 01.06.23", disse a juíza em sua decisão.

"Julgo procedente o pedido para declarar a nulidade da segunda prorrogação da Comissão Executiva Nacional e dos atos posteriores, condenando o réu a realizar, no prazo de 30 dias, novas eleições para eleger os membros da Comissão Executiva Nacional", acrescentou.

Em junho, Leite havia avançado no controle do diretório paulista da sigla, último bastião do partido ligado ao ex-governador João Doria. O prefeito de Santo André, Paulo Serra, assumiu a presidência da federação PSDB-Cidadania em São Paulo com o apoio do gaúcho.


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