SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - Indicado para uma cadeira no STF, Flávio Dino disse nesta quarta-feira (29) em ida ao Senado que ministros da Corte não têm "partido, ideologia ou lado político".
Dino disse que faz parte do mundo político, mas que o deixará caso seja aprovado. "Quem pretende ir ao Supremo, ao vestir a toga, deixa de ter lado político", declarou, acrescentando que tem falado com todos os senadores, independentemente de posicionamento político.
"Para um cargo no Judiciário, isso não é relevante, se a pessoa é ideologicamente de um lado ou de outro. Ministro do Supremo não tem partido, ideologia ou lado político", afirmou.
Dino disse que, se obtiver maioria na sabatina, "mudará de roupa". "No momento em que o presidente da República faz a indicação, evidentemente, mudo a roupa que visto. Essa roupa de hoje é em busca do apoio do Senado, a roupa que vou vestir se merecer a aprovação é a roupa que vestirei sempre, que independe de governo ou oposição".
Ministro da Justiça dialoga com senadores em busca de aprovação. A sabatina foi marcada para o dia 13 de dezembro.
Ele terá de responder sobre violência, "dama do tráfico" e atos de 8 de janeiro. Senadores ouvidos pelo UOL afirmam que as estratégias ainda serão discutidas, mas já estão no radar perguntas polêmicas. Os temas são: a trajetória política de Dino na esquerda, além da atuação dele à frente da pasta nos ataques golpistas de 8 de janeiro, no combate a violência e na ida da "dama do tráfico" ao ministério.
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