SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após quase um ano de mandato, o governo Lula (PT) registra 36% de avaliação positiva e 29% de negativa. Outros 32% avaliam como regular a administração e 3% não sabem ou não quiseram responder.

É o que relata pesquisa realizada pela Quaest e divulgada nesta quarta-feira (20). A empresa de consultoria e pesquisa entrevistou presencialmente 2.012 pessoas com 16 anos ou mais dos dias 14 a 18 deste mês. A margem de erro estimada é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

O cenário é de estabilidade, já que no levantamento anterior, realizado em outubro, o presidente teve seu governo classificado positivamente por 38% dos entrevistados e negativamente por 29%, além de outros 29% que consideraram a gestão regular, e 4% entre os que não souberam ou não quiseram responder.

As avaliações positivas do terceiro mandato de Lula oscilaram negativamente dentro da margem de erro, enquanto as negativas mantiveram-se no mesmo patamar registrado há quatro meses. Já as considerações regulares oscilaram positivamente.

No Nordeste e no Centro-Oeste e Norte, agregadas em um único segmento pela pesquisa, as taxas de avaliação positiva e negativa também seguiram a estabilidade, oscilando dentro das margens de erro. Já no Sudeste, a avaliação positiva foi de 34% para 30%, e no Sul, de 35% para 30%.

Entre os homens, 34% avaliam Lula positivamente, ante 35% em outubro, e 31%, negativamente, contra 32% no último levantamento. Entre as mulheres, 38% possuem considerações positivas sobre a gestão petista e 27% avaliam negativamente o presidente ?há dois meses, eram 40% e 27%, respectivamente.

A Quaest perguntou também sobre a aprovação do trabalho que o mandatário está fazendo, e os números também registraram estabilidade: 54% aprovam o trabalho do presidente, enquanto 43% reprovam, e 3% não sabem ou não quiseram responder à pergunta.

Ainda, a empresa questionou os entrevistados qual nota eles dariam ao primeiro ano do governo do petista, e a média geral foi de 5,7. A maior pontuação do petista foi de 6,9 entre os nordestinos, e a menor foi de 5,2 entre evangélicos, sulistas e os com renda maior que cinco salários mínimos.

Os evangélicos, que chegam a quase um terço do eleitorado, continuam sendo um dos grupos em que Lula tem a maior dificuldade. O presidente indicou, em evento do PT neste mês, a necessidade de se aproximar deste e de outros setores da sociedade para as eleições de 2024.

Ele afirma ver a reedição da polarização com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no pleito municipal.

"Temos que aprender para conversar com essa gente. Que é gente trabalhadora, gente de bem, gente que muitas vezes agradece à igreja de ter tirado o marido da cachaça para cuidar da família", disse.

O levantamento da Quaest é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.


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