BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Na véspera do aniversário de um ano dos ataques golpistas do 8 de janeiro, o presidente Lula (PT) disse que a data não deve jamais ser esquecida no país. Em declaração postada neste domingo (7) nas redes sociais, o líder do executivo chamou de irresponsável a tentativa de golpe.
"Jamais deveremos esquecer o dia 8 de janeiro de 2023. O dia que alguns irresponsáveis tentaram um golpe nesse país. Mas os três Poderes se sobressaíram e a democracia venceu. E, amanhã, quando completa um ano desse triste episódio, vamos gritar em alto e bom som: liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós. E viva a democracia!", escreveu.
Naquele dia, em 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes na capital federal. Em poucas horas, manifestantes destruíram patrimônio público e vandalizaram áreas internas dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal).
"Eu acho que nós poderemos com o que aconteceu no dia 8 de janeiro, e com a resposta que nós demos e com a resposta que vamos dar dia 8, nós poderemos estar construindo a possibilidade desse país viver todo século 21 se ter golpe de Estado", disse ainda no vídeo postado com a mensagem.
"Nós não somos diferentes, nós somos brasileiros, cada um exercendo a sua função, mas cada um tem o compromisso que está na Constituição definido o seu papel. Não permitir que o povo brasileiro esqueça que dia 8 de janeiro de 2023 um grupo de pessoas irresponsáveis resolveu dar um golpe nesse país", acrescentou.
Como mostrou a Folha, nesta segunda-feira (8) haverá um evento chamado de "Democracia Inabalada", mote da campanha lançada pelo STF em resposta aos atos de 8 de janeiro. Ele deve reunir no Congresso Nacional cerca de 500 convidados, entre autoridades e representantes da sociedade civil.
Segundo documento de preparação do evento elaborado pelo Palácio do Planalto, além de Lula (PT) e dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, são esperados ministros de tribunais superiores, governadores, ministros, prefeitos, membros do corpo diplomático, presidentes de estatais, parlamentares, prefeitos e representantes de confederações patronais.
Governadores que fazem oposição ao presidente Lula e são tidos como possíveis candidatos ao Palácio do Planalto em 2026 citaram justificativas como férias e viagens para descartar a ida ao evento.
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