BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, se revezaram no palco do evento de filiação do senador Izalci Lucas (DF) nesta quarta-feira (27) para não descumprir ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que proíbe os dois de manterem contato.
Valdemar participou do início do ato, em Brasília, disse que logo será resolvido o "problema" que impede ambos de conversarem e deixou o local.
O ex-mandatário chegou depois e fez um discurso contra a descriminalização das drogas e do aborto e com críticas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Além disso, anunciou que "virá brevemente um governador peso pesado para" o PL. A afirmação é feita em meio às especulações de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vai migrar do Republicanos para o PL em articulação encabeçada pelo ex-presidente.
Ele participou do evento poucas horas após responder a Moraes sobre o motivo de ter se hospedado por dois dias na Embaixada da Hungria pouco depois de ser alvo de operação da Polícia Federal e ter o passaporte retido, em fevereiro.
"Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário [Bolsonaro] à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada", afirmou sua defesa ao STF.
No discurso no evento desta quarta-feira, Bolsonaro também afirmou que "Valdemar é conhecido por ter palavra" e mencionou as bandeiras levantadas pelo PL, com críticas à portaria do Ministério da Saúde do atual governo, que foi revogada, sobre aborto.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que foi criada no Distrito Federal, esteve presente e lembrou em seu discurso do período em que morou em Ceilândia, região próxima ao centro da capital.
Valdemar, por sua vez, exaltou a filiação de Izalci Lucas ao PL e falou sobre a decisão de Moraes que o impede de ter contato com Bolsonaro, apesar de não ter citado nominalmente o magistrado.
"Tenho um impedimento de estar com o presidente Bolsonaro, mas isso não é problema e logo vamos resolver".
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