Com os dias de calor, a procura por lugares para se refrescar é algo comum nos meses de verão. E nesta época aumentam os casos de afogamento. Por isso, o Corpo de Bombeiros em São João del-Rei orientou sobre os riscos em cachoeiras e, principalmente, as cabeças d’água.

Segundo os militares, todos os anos são mais de mil ocorrências de afogamento em todo estado, com uma média de 200 mortes por ano. Boa parte desses acidentes ocorrem em regiões de cachoeiras, rios e lagos.

“Minas tem cachoeiras que atraem turistas de todas as partes do país, mas as belas quedas d’água podem esconder riscos como o famoso fenômeno típico de verão, mais conhecido como cabeças d’água, que nada mais é do que é o aumento rápido do nível de um curso de água, devido à chuva de grande intensidade que, normalmente, ocorre nas cabeceiras dos rios ou em trechos mais altos de seu percurso, onde ocorre o escoamento superficial da água”, explicou a corporação.

Cabeça d’água

Em um vídeo, os cabos Cristiano Giovanni dos Reis e Raysson Darius Esteves dos Santos Júnior, do 2º Pelotão em São João del-Rei, eles explicaram o que é a cabeça d’água e os riscos.

A cabeça d’água é o aumento rápido no nível da água, devido a fortes chuvas na cabeceira ou no trecho mais alto do percurso.

“Elas se caracterizam pelo aumento na correnteza, trazendo muitas folhas e galhos, e pela mudança na cor e na temperatura da água. Esses são alguns sinais que merecem nossa atenção”, explicou o cabo Raysson.

O cabo Cristiano ressalta que como a cabeça d’água pode ocorrer mesmo sem chuva, ao primeiro sinal, saia da água e procure lugares altos. E se estiver chovendo, evite cachoeiras e rios.

Quando a correnteza começa a ficar mais rápida e a trazer muitas folhas e galhos, é indicação de que um grande volume de água está descendo. A movimentação dos animais também é importante: as aves fogem da chuva da cabeceira e voam no sentido contrário.

A cor da água também pode ser um indicativo de que o fenômeno está ocorrendo. Se a água começar a ficar mais turva, é hora de deixar o rio em direção a um local seguro.

Os lugares mais recorrentes de cabeça d’água são os trechos do rio com encostas íngremes e afastadas das nascentes, onde o nível da água tende a aumentar com maior vazão.

“Se o local já possui sinalização de alerta para possíveis cabeças d 'água, redobre a atenção e qualquer indicativo de chuva jamais se arrisque. E em caso de emergência, ligue 193”, completou.

Ocorrências

No início deste mês, 16 pessoas ficaram ilhadas na cachoeira de Braúnas, na região da Serra do Ció, após ficarem presos e serem resgatados pelos bombeiros.
Em 2021, uma cabeça d’água arrastou dezenas de pessoas em Capitólio. Várias turistas ficaram feridos e três morreram.

“Minas tem cachoeiras que atraem turistas de todas as partes do país, mas as belas quedas d’água podem esconder riscos como o famoso fenômeno típico de verão, mais conhecido como cabeças d’água, que nada mais é do que é o aumento rápido do nível de um curso de água, devido à chuva de grande intensidade que, normalmente, ocorre nas cabeceiras dos rios ou em trechos mais altos de seu percurso, onde ocorre o escoamento superficial da água”, afirmou os bombeiros.

Outras orientações

Veja abaixo outras orientações dos bombeiros em casos de cabeça d’água:

  • Uma forma de evitar o problema é ficar mais próximo à nascente do rio, onde a possibilidade de acontecer a cabeça-d’água é menos provável e optar por frequentar locais que contem com salva-vidas.
  • Se ainda assim for surpreendido, procure proteção para só depois continuar o percurso. Não tente atravessar a correnteza. O ideal é buscar um lugar mais alto, longe do rio, e esperar a enxurrada passar.
  • Outra forma de planejar o passeio e evitar aborrecimentos é se certificar das condições do tempo, sempre avisar outras pessoas e não ir sozinho. Checar a previsão não apenas para os arredores do curso d’água, mas também para toda a região, evitará surpresas desagradáveis e garantirá mais proveito na diversão.

Corpo de Bombeiros - Orientações cabeça d'água Corpo de Bombeiros

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