O ex-presidente da Câmara Municipal de Muriaé foi condenado a mais de 11 anos de reclusão por participação em crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro, envolvendo a ocultação de patrimônio ilícito adquirido através de corrupção, concussão e peculato. A decisão foi obtida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata.
De acordo com a investigação, o parlamentar se associou à sua esposa e seu assessor parlamentar para ocultar bens como veículos e maquinários, além de constituir empresas em nome de terceiros, conhecidos como "laranjas".
Além do ex-vereador, a esposa e o assessor parlamentar também foram condenados, com todas as penas superiores a 11 anos de reclusão em regime fechado. A decisão judicial incluiu a perda dos bens adquiridos ilicitamente em favor do Estado de Minas Gerais, bem como a proibição dos réus de exercerem cargos públicos ou funções de direção em empresas.
A operação Catarse, que resultou na condenação, foi iniciada em novembro de 2021 com o objetivo de investigar uma série de crimes, incluindo corrupção passiva, concussão, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Desde então, a Catarse resultou em diversos mandados de busca e apreensão, prisões preventivas, afastamentos de cargos públicos e bloqueios de bens e valores dos investigados, totalizando aproximadamente R$ 12,5 milhões.
O ex-vereador já havia sido condenado anteriormente por corrupção e concussão, além de responder por 178 crimes de peculato e dois de lavagem de dinheiro, em processos distintos ainda em trâmite na Justiça.
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Condenação | Justiça
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