Na manhã de quinta-feira (12), a Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais deflagraram a operação Onipresença, que resultou na prisão de médicos envolvidos em fraudes e outras práticas ilícitas. A operação, que teve como foco os municípios de Leopoldina e Além Paraíba, cumpriu 30 mandados, incluindo 4 prisões temporárias, 6 afastamentos de funções e 20 buscas e apreensões, abrangendo dois hospitais da região e uma clínica de anestesiologia.
Durante a ação, foram encontrados cerca de R$ 500 mil em dinheiro em propriedades de três médicos investigados. Em um dos imóveis, também foram apreendidas cinco armas de fogo sem registro. As investigações revelaram manipulação de escalas médicas, encobrimento de erros médicos e até o desvio de materiais essenciais para cirurgias.
Além dos médicos, a provedora da Casa de Caridade de Leopoldina, Vera Maria do Valle Pires, e a diretora técnica, Dra. Donata, foram afastadas de suas funções enquanto as investigações seguem. O hospital, por meio de uma nota oficial, manifestou surpresa com os afastamentos e assegurou que o departamento jurídico está atuando para entender os fatos e colaborar com a Justiça. A instituição reafirmou o compromisso com a transparência e garantiu que o atendimento à população não será prejudicado.
Os médicos poderão responder por crimes como peculato, falsidade ideológica e associação criminosa. Todos foram encaminhados ao presídio de Leopoldina, onde aguardam os desdobramentos das investigações.
Casa de Caridade Leopoldinense alega surpresa, veja nota:
“Recebemos com surpresa e tristeza a notícia do afastamento de nossa provedora, Vera Maria do Valle Pires, e da diretora técnica, Dra. Donata. Segundo informações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os afastamentos foram determinados para preservar ambas durante o curso das investigações. No momento, a provedoria será assumida pelo Sr. Antônio de Souza Filho, atual secretário da instituição.
Reforçamos que nosso departamento jurídico está tomando todas as providências necessárias, incluindo o pedido de vistas aos autos do processo e dos inquéritos investigativos, visando compreender plenamente os fatos e colaborar com a Justiça. A Casa de Caridade Leopoldinense reafirma seu compromisso com a transparência, com o esclarecimento dos fatos e com a plena colaboração junto ao MPMG e à Justiça. Nossa prioridade é manter o funcionamento normal do hospital, assegurando o atendimento à população de Leopoldina e região, cumprindo com a missão de oferecer serviços de saúde de qualidade.
Reiteramos nossa confiança nas instituições democráticas e no devido processo legal, e aguardamos que os fatos sejam devidamente esclarecidos. Pedimos à comunidade que nos acompanhe com serenidade neste momento desafiador, certos de que continuaremos trabalhando incansavelmente pelo bem-estar de todos os que confiam e necessitam de nosso trabalho”.
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