Neste sábado (2), o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF, sob gestão da Ebserh) fará um mutirão de prevenção e diagnóstico do câncer de pele. A ação dá início ao Dezembro Laranja, mês de conscientização sobre a doença.

Os interessados podem procurar o HU-UFJF das 9h às 15h para receberem atendimento e orientação de especialistas, sendo uma equipe formada por preceptores, professores, residentes em Dermatologia, alunos e médicos voluntários da cidade de Juiz de Fora. O acolhimento será feito por ordem de chegada.

O atendimento será para rastreio e busca das lesões pré-malignas e malignas de pele, e não envolve outros problemas dermatológico.

“É importante falarmos sobre o câncer de pele, o mais comum entre os brasileiros, correspondendo a quase 30% dos casos de câncer detectados no país. O melanoma, particularmente, sendo o tipo mais agressivo, pode levar a metástases e ao óbito se não for diagnosticado precocemente”, explicou a dermatologista Annair Freitas do Valle, preceptora e chefe do Serviço da Residência em Dermatologia do HU-UFJF.

Com o calor intenso das últimas semanas, a médica lembra ainda que “queimaduras solares, além de provocarem imunossupressão local e sistêmica, catarata e envelhecimento precoce da pele, aumentam o risco de câncer de pele. Logo, é preciso atenção aos horários de exposição ao sol, que não devem acontecer entre 9h e 15h, uso de protetor solar, chapéu e óculos escuros”.

A doença

Segundo a UFJF, o câncer de pele é o câncer mais comum entre os brasileiros. É provocado pelo crescimento anormal e descontrolado de células que compõem a pele.

Elas se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares.

Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo. A doença pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas.

Como identificar um possível câncer de pele

A UFJF orienta como identificar um possível câncer de pele. Entre os sinais estão lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; mancha ou ferida que não cicatriza e que continua a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

Fatores de risco para câncer de pele

  • Ter alguém na família que tem ou já teve câncer da pele;
  • Já ter tido muitas queimaduras de sol durante a vida, daquelas que deixam a pele muito vermelha e ardendo;
  • Ter muitas sardas ou pintas pelo corpo;
  • Ter a pele muito clara, do tipo que sempre queima no sol e nunca bronzeia;
  • Já ter tido câncer da pele;
  • Ter mais de 65 anos.


Tratamentos para câncer de pele

Há diversas opções terapêuticas para cuidar do câncer da pele não-melanoma, que muda conforme o tipo e a extensão da doença.

Contudo, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos de menor complexidade.

Dentre os tratamentos mais usuais estão cirurgia excisional; curetagem e eletrodissecção; criocirurgia; cirurgia a laser; Cirurgia Micrográfica de Mohs; e Terapia Fotodinâmica (PDT); além de radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e medicações orais e tópicas.

Nos casos de câncer de pele melanoma, o tratamento pode variar de acordo com a extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente. As variantes de modalidades cirúrgicas são as principais alternativas.

Em ambos os tipos de câncer, é de extrema relevância que o diagnóstico seja precoce para evitar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas do corpo, em casos de baixa letalidade, ou piora da qualidade de vida e até morte, em casos mais graves. Importante ressaltar que boa parte dos cânceres de pele pode ser curado com tratamentos iniciais.

Como se prevenir contra o câncer de pele

  • Evite a exposição ao sol e proteja a pele dos efeitos da radiação UV. Entre as medidas indicadas estão o uso de chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares;
  • Evite a exposição solar e permaneça na sombra entre 10 e 15 horas;
  • Use filtro solares com FPS 30 ou mais diariamente, e não somente em horários de lazer;
  • Consulte um médico dermatologista ao menos uma vez ano para um exame completo.

     

Marcello Casal JrAgência Brasil - câncer de pele

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