O consumo de álcool passou de 18,4% para 20,8% entre 2021 e 2023, segundo uma pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), vinculada ao Ministério da Saúde (MS).

Psicólogo e professor do Centro Universitário Estácio Juiz de Fora, Ady Santos explica que o alcoolismo é uma condição séria e vai além do simples consumo excessivo de álcool.

"É uma doença crônica que afeta tanto o corpo quanto a mente, levando a uma dependência física e emocional do álcool".

O profissional ressalta que identificar o alcoolismo nem sempre é uma tarefa fácil. Quando observado os sinais de consumo compulsivo, negligenciando responsabilidades ou enfrentando problemas legais devido ao álcool, é necessário buscar ajuda.

"A tolerância ao álcool leva à necessidade de quantidades cada vez maiores para sentir o mesmo efeito. Junto disso, vem a síndrome de abstinência, com a presença de sintomas físicos e psicológicos quando o consumo é interrompido. O alcoolismo pode causar danos graves à saúde e requer tratamento especializado, que pode incluir terapias psicológicas, medicamentos e apoio de grupos de ajuda mútua".
A pesquisa

De acordo com o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), no Brasil, uma dose padrão de bebida alcoólica equivale a 14g de álcool puro, correspondendo a 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 45 ml de bebidas destiladas como vodca, uísque, cachaça, gin, tequila, entre outras.

A Vigitel explica que o consumo abusivo de álcool ocorre quando homens ingerem cinco ou mais doses, e mulheres bebem quatro ou mais doses em uma única ocasião no mês.

Entre os homens, o aumento no consumo foi de 25% para 27,3% entre 2021 e 2023. Já entre as mulheres, o crescimento foi de 12,7% para 15,2%.

Foram mais de 20 mil pessoas entrevistadas em 2023 em todo Brasil, abordando, entre outros temas, o consumo excessivo de álcool nos últimos 30 dias. Os dados, apontaram que a população de Salvador foi a que mais consumiu bebida alcoólica, com 28,9% das respostas positivas. Em Manaus, apenas 12,6% afirmaram ter ingerido níveis acima do permitido.

Quanto às maiores frequências entre homens em 2023, os locais com maior consumo foram Salvador (37,5%), Maceió (34,2%) e Teresina (33%). As menores ocorreram em Manaus (17,1%), Rio Branco (18,3%) e Natal (20,8%). Entre o público feminino, as maiores frequências foram observadas em Salvador (21,9%), Porto Alegre (20,7%) e no Distrito Federal (20,5%), enquanto as menores em Manaus (8,4%), Fortaleza (9,6%) e Macapá (9,9%).

Freepik - Consumo bebida alcoólica

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