Depoimento de Marcos Marinho
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Comecei (e nunca mais parei) a estudar e fazer teatro em 1981. O primeiro grupo teatral do qual participei foi o CORPO EN-CENA, que montou pe?as e fez agitos teatrais at? 86. Nossas propostas b?sicas eram: teatro pol?tico, teatro em espa?os "n?o-teatrais", busca da expressividade corporal. Foi minha grande escola.
Juiz de Fora fervia culturalmente. O cinema Para?so era o deleite de
todos que gostam de CINEMA brasileiro e de muitos pa?ses. O Teatro S?o
Mateus, que ficava ao lado da igreja do bairro, abrigava pe?as teatrais
e shows. Meu grupo se apresentou muito l? e isso nos ajudou a ficar
conhecidos na cidade. Pedro Bis come?ou l? e fazia o maior sucesso.
O TQ tamb?m. Existia o GATU, grupo de teatro do CTU, que
prometia... mas parece que acabou.
Era comum teatro de rua e em bar. Meu grupo fez um projeto que durou mais de dois anos, chamava-se POESIA NO BAR: era teatro e poesia em mais de 20 bares da cidade.
A Capela do Stella Matutina j? havia se transformado em galeria de arte e espa?o para teatro e shows: inesquec?veis os shows do Hermeto Pascoal. Feiras culturais aconteciam no Parque Halfeld e na Pra?a Jarbas de Leri (Avenida Independ?ncia), com exposi?es de artes pl?sticas, varal de poesia, shows musicais, performances teatrais, etc.
Em termos culturais e teatrais, Juiz de Fora fervia muito mais nos anos 80 do que dos 90 para c?. As pessoas estudavam mais, iam mais fundo em cada novo trabalho. Saudosismo? Nada disso. Os tempos s?o outros... mas que a cidade est? mais careta e massificada, isso n?o tenho d?vidas.
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