Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
03/05/2000
|
Ditadura Militar
|
O ano era 1964. A situa??o pol?tica do Brasil complicava-se a cada dia com
press?es sobre o presidente Jo?o Goulart. De um lado, as massas
trabalhadoras, reivindicando o fim da crise econ?mica e da desigualdade
social. De outro, o ex?rcito, os empres?rios e os latifundi?rios, que temiam
as medidas do governo e queriam a interven??o militar. Jango acabou
prometendo as reformas de base e anunciando a reforma agr?ria. Em Minas,
sobressai um movimento antipopulista e anticomunista. A inten??o era
derrubar o presidente. At? que no dia 31 de mar?o de 64, teve in?cio o
golpe, liderado pelo general Ol?mpio Mour?o Filho. O militar, comandante da
Quarta Regi?o, sa?a de Juiz de Fora com suas tropas em dire??o ao Rio de
Janeiro. Juiz de Fora come?ou a viver momentos de tens?o desde a v?spera,
quando as r?dios foram censuradas e as estradas fechadas. O general Mour?o
Filho declarou Minas Gerais em estado de guerra contra Jo?o Goulart. A
maioria das tropas do ex?rcito aderiu ao movimento. Jango foi deposto. Na
volta a Juiz de Fora, o general foi recebido com desfile pela Avenida Rio
Branco at? o Largo do Riachuelo, na Av. dos Andradas, onde come?ou a famosa "Marcha da
fam?lia com Deus pela liberdade". Tinha in?cio a era da ditadura militar.
|
Chegada da Rep?blica
|
Juiz de Fora teve um grupo radical de defensores da Rep?blica. Entre eles,
estavam Bernardo Mascarenhas, Constantino Paleta, Fernando Lobo e Jo?o
Nogueira Penido. As reuni?es destes republicanos eram constantes no final do
s?culo passado. Freq?entemente, estes juizforanos faziam publica?es
clandestinas de panfletos favor?veis ? Proclama??o da Rep?blica, que eram
enviados em latas de goiabadas ao Rio de Janeiro. Como a Proclama??o no ano
de 1889 foi um golpe militar, sem a participa??o da massa, n?o foram grandes
as mudan?as no pa?s logo no in?cio. Como se isso n?o bastasse, os
republicanos da cidade foram contra a composi??o da chapa oficial do
partido. Os problemas sociais persistiram. A situa??o sanit?ria era t?o ruim
que surtos epid?micos ocorreram no final do s?culo 19, como o de var?ola.
Com o avan?ar dos meses, come?aram algumas modifica?es na Rep?blica, como o
fechamento provis?rio da C?mara de Vereadores, que deu lugar a um Conselho
de Intend?ncia e uma maior liberdade nas medidas administrativas. Diante da
grande explora??o do sistema capitalista, havia mobiliza?es oper?rias e
greves por todo o pa?s. Viv?amos a primeira Rep?blica.
A rua Os?rio de Almeida ficou famosa em Juiz de Fora por ser criada para
servir de acesso ao Cemit?rio Municipal. Os?rio de Almeida nasceu em Pouso
Alegre, no Sul de Minas, em 1854 e veio para Juiz de Fora no final do s?culo
19 para integrar a Comiss?o de Estudos de Saneamento. Na ?poca, o engenheiro
n?o quis receber qualquer quantia para auxiliar os trabalhos, afirmando que
se sentia satisfeito em prestar seus servi?os profissionais a mais
importante cidade de seu estado natal e que, como patriota, desistia da soma
gentilmente cedida pelo poder p?blico. Principal jornal deste per?odo, o
Farol, classificou a atitude como um ato merit?rio de desinteresse, que o
tornava credor de todos os habitantes do munic?pio. Anos mais tarde, ao
saber que as cachoeiras do Rio Paraibuna contribu?am para aumentar a
incid?ncia de enchentes em Juiz de Fora, ele conseguiu recursos para quebrar
as cachoeiras, diminuindo os riscos de alagamentos na cidade.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet
