Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService

07/07/2000

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Liga??o com o Sul de Minas
Durante v?rias d?cadas a maior promessa dos pol?ticos que vinham a Juiz de Fora era a constru??o do Ramal Ferrovi?rio Lima Duarte - Bom Jardim, que iria possibilitar a liga??o de Juiz de Fora ao Sul de Minas e naturalmente trazer o progresso para a regi?o. Desde 1930, governadores de Estado, presidentes da Rep?blica, deputados e gente importante tinham neste projeto a solu??o para integrar a Zona da Mata com o Sul de Minas, tirando aquela regi?o da influ?ncia do estado de S?o Paulo. Mas de promessa em promessa, o tal Ramal Ferrovi?rio nunca saiu e apenas no meio da d?cada de 70 foi terminada a Rodovia 267, no trecho entre Juiz de Fora e Caxambu, aproximando nossa cidade do famoso Circuito das ?guas e outras cidades do Sul de Minas. Talvez por causa desta demora, a tal integra??o at? hoje n?o surtiu os efeitos desejados, pois apesar de ser muito bem constru?da, a estrada quase n?o tem movimento e S?o Louren?o, Lambari, Caxambu e cidades da regi?o continuam ligadas comercial e culturalmente a S?o Paulo. Outra obra que sempre rende uns votinhos em ?poca de campanhas pol?ticas ? o asfaltamento da estrada Juiz de Fora a Rio Preto, que vai facilitar e encurtar o trajeto para quem viaja para Volta Redonda e quer chegar ? Rodovia Rio - S?o Paulo. O asfaltamento j? est? pronto at? um pouco al?m de Monte Verde, e a esperan?a ? que o governador Itamar Franco consiga terminar a obra.

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Paulo Ces?rio: "o eterno juiz de paz"
Desde a redemocratiza??o do Brasil com as elei?es diretas em 1946, o cargo de juiz de paz era determinado pelo povo, atrav?s do voto, na mesma ocasi?o da escolha dos prefeitos e vereadores. Assim foi, at? o ano de 1966, quando um Ato Institucional do Governo Militar determinou que o cargo passasse a ser ocupado por nomea??o direta do Governador do Estado. Em Juiz de Fora, enquanto prevaleceu o sistema de elei??o direta, um candidato a juiz de paz era imbat?vel nas urnas. Seu nome era Paulo Ces?rio Monteiro da Silva, filho de tradicional fam?lia da cidade. Homem simples, de uma educa??o irretoc?vel, sempre gentil com todos e com um detalhe muito importante: ele nunca pediu um voto a ningu?m. N?o importava o partido pelo qual ele concorresse, porque, na verdade, era o candidato de todos. Os mais velhos votavam nele porque ele os havia casado e os mais novos tamb?m votavam em Paulo Ces?rio porque ele havia casado os seus pais. Assim foi at? quando ele se aposentou, sendo substitu?do por Orestes Pereira. Hoje, nosso juiz de paz ? Jos? Ayry de Pinho Tees, antigo comerciante na Rua Marechal Deodoro, nomeado pelo Governador Newton Cardoso, que vem mantendo a tradi??o de homens respeit?veis que exercem a fun??o de formalizar a uni?o civil dos juizforanos.

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Ex-prefeitos: Olavo Costa
Quando se candidatou a prefeito em 1949 para a sucess?o de Dilermando Cruz, Olavo Costa n?o foi muito levado em conta pela elite pol?tica de Juiz de Fora. Seus opositores diziam que era um simples "vendedor de pap?is" numa alus?o ao fato de ser representante na cidade de firmas de papel de embalagem, e, por isso, n?o poderia fazer frente a pol?ticos tradicionais como o engenheiro Deusdeth Salgado, Dr. Jo?o Felicio Fernandes, que era o candidato da situa??o, e o Dr. Jos? Proc?pio Teixeira Filho que j? havia sido prefeito. Mas Olavo Costa foi eleito com o apoio da parte mais carente da popula??o e se transformou no pol?tico de mais prest?gio da cidade. Foi eleito deputado federal, foi nomeado diretor do Banco de Cr?dito Real e foi eleito novamente prefeito em 1958 exercendo o cargo at? 1962. Sempre pertenceu ao PSD - Partido Social Democr?tico foi a favor de Juscelino e sendo um homem de atitudes corajosas, foi contr?rio ? prega??o de Carlos Lacerda contra Get?lio Vargas, ficando famosa sua atitude de ir para a porta do Cine Popular para impedir o com?cio que ali fariam Leonel Brizola e Miguel Arraes. De seus dois filhos homens, Maur?cio e S?rgio, apenas o mais novo, S?rgio Olavo, seguiu a carreira do pai sendo eleito vereador e deputado estadual em duas legislaturas. Olavo Costa faleceu quando era diretor de um banco, em 1967, e seu filho S?rgio, quando era deputado estadual, em 1980, ambos com o prest?gio intocado ante ao povo mais humilde que sempre os acompanhou nas elei?es.

Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet


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