Moda Paris-Mil?o
Outono-Inverno 98/99: Tudo para valorizar um estilo
Paris e Mil?o concordaram. No outono-inverno 98/99, teremos total liberdade de escolha para nos vestirmos. Vale dizer que, desta vez, mais importante que a moda ? a pr?pria mulher e sua personalidade. Da moda minimalista ? superelaborada - tudo ser? v?lido, desde que valorize um estilo. Decidida essa dire??o, os desfiles, totalmente livres na inspira??o e realiza??o, foram heterog?neos. Do visual clean, b?sico, como o da primeira cole??o de Marc Jacobs para a etiqueta Louis Vuitton, ao carregado de detalhes, apresentado por John Galliano, para Dior, existe um imenso leque de propostas fi?is a cada estilo.
Mas, mesmo o estilo sofria varia?es at? dentro de uma mesma cole??o, como a apresentada por Donatella Versace. A mo?a deslumbrou a assist?ncia com rom?nticos modelos ? la Botticelli, evidentemente inspirados na Renascen?a, mas n?o esqueceu o look de superstars, caracter?stica das cria?es do irm?o Gianni. Longos de malha metalizada ouro ou prata exibiam costas nuas e punham em evid?ncia as formas femininas de forma hollywoodiana.
Kenzo fez a plat?ia viajar pelo Extremo Oriente, com modelos que desembarcavam de um Oriente Express imagin?rio, colorindo o ambiente com roupas inspiradas no folclore asi?tico, rico em suas cores de especiarias.
As cole?es apresentaram grande variedade de comprimentos e propor?es. Mas houve um certo consenso na escolha de cores. O cinza imperou, aparecendo ao seu lado o preto e o vermelho. Um detalhe politicamente incorreto mas amplamente mostrado: o uso de peles, principalmente em golas e punhos.
Modelos para a noite eram iluminados por tecidos metalizados, bordados com pallettes ou at? por veludos brilhantes, de seda. Para o dia, blazers e mant?s com abotoamento duplo e ombros retos. E, falando-se em mant?s, vale saber que todos os comprimentos ser?o v?lidos: 7/8, na linha dos joelhos, abaixo deles, na altura da canela, pelo tornozelo ou longo. Por baixo deles, bermudas, saias mini, vestidos, cal?as justas, retas ou largas. E a assimetria e a transpar?ncia continuam desfilando pelas passarelas.
Para um inverno pouco rigoroso, nada melhor que a malha - em su?teres,
vestidos, jaquetas ou casacos. E ela est? garantida: foi mostrada em modelos
diurnos e noturnos. Na estamparia, flores e animais foram marcantes. Rosas
foram as preferidas, salpicaram cetins, teceram rendas e foram tema de
bordados. E a pele do leopardo, da jaguatirica e de serpentes foram copiadas
em sedas, cetins, musselines e at? couro.
Resumo das principais tend?ncias:
- Transpar?ncias: Entra esta??o,sai esta??o, uma tend?ncia que nunca deixa as passarelas.
- Peles: Na contram?o da ecologia, elas apareceram muito, sobretudo nas golas e nos punhos.
- Brilhos: tecidos metalizados e veludos brilhantes iluminam os modelos para a noite.
- Malha: quando o frio n?o for dos maiores, a malha em tudo, inclusive mant?s, vestidos, jaquetas. Ressurgiu at? das cinzas dos anos 70, o lurex.
- Mant?s: valem todos os cumprimentos, do 7/8 aos longos, com bermudas, vestidos, minissaias e cal?as de v?rios tipos.
- Cinza e vermelho: as cores predominantes nos desfiles dividiram as honras com o preto.
- Ombros retos: ponto alto de algumas das cole?es, embora em outras tenham surgido at? ombros arredondados.
- Transpasse: uma caracter?stica dmuito presente nos blazers e ternos de tom mais cl?ssico.
- Assimetria: o efeito dram?tico dos detalhes assim?tricos deu muito o ar de sua gra?a nos desfiles.
Reportagem de Dinah Bueno Pezzolo, enviada especial do suplemento Feminino do jornal O Estado de S?o Paulo, em http://www.estado.com.br/jornal/suplem/fem/98/03/28/fe01.php e http://www.estado.com.br/jornal/suplem/fem/98/03/28/feabre1.php
'Glitter girl'
O brilho ? um sucesso, avisa Maria C?ndida Sarmento, da Maria Bonita. Veio
para ficar, vai atravessar o inverno quebrando o rigor e o fosco da l? e
chegar ao ver?o com seu ar de festa. Terno de l? com blusa de lurex tem tudo
a ver.
Reportagem de Angela Regina Cunha, do caderno Delas do jornal O Globo, em
04/05/98- www.oglobo.com.br
- ? roupa de dia que pode varar a noite e n?o s? em festas. Um jantar
simples pode ter brilho - diz C?ndida. Mas nem tudo que brilha faz sucesso, alerta Raquel Alt, da Shop 126. Cuidado
com os estragos que brilho demais provoca, principalmente em quem quer
brilhar no hor?rio em que o sol ? o soberano. N?o vale exagerar no glitter.
- O brilho saiu da alta-costura para a roupa b?sica e esportiva do dia-a-dia
e para dar um ar descontra?do aos acess?rios. Desde que bem dosado, pode ser
usado durante o dia - diz Raquel.
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