P?ra-quedista Almir Jos? da Silva
Rep?rter: Emilene Campos
31/10/2000
Dif?cil imaginar, n?o ?? Mas ele garante que, no momento do salto, s? fica atento ?s manobras e curte a paisagem. "N?o lembro de mais nada no mundo", diz. Quem conhece o esporte pode falar com esta tranq?ilidade. E Almir o pratica h? seis anos. "O p?ra-quedismo ? muito seguro, mas tem limites muitos estreitos. Se voc? ignorar os procedimentos de seguran?a, paga com a vida", argumenta.Os primeiros cinco saltos aconteceram no Aeroporto de Juiz de Fora e tiveram como ponto de partida um avi?o Cesna 172.
A "terapia alternativa" deste empres?rio juizforano de 43 anos se repete a cada quinze dias na companhia dos amigos. Para ele, o esporte n?o ? uma profiss?o, mas um hobby. ? por isso que Almir n?o participa de competi?es com freq??ncia. O recorde batido por ele, em agosto deste ano, foi bancado com seus pr?prios recursos. A fa?anha realizada do nascer ao por do sol envolveu uma equipe de 20 pessoas e custou cerca de R$30 mil. Foram 83 saltos em 11 horas.
O p?ra-quedista passou um ano se preparando para bater o recorde dos quatro paulistas de Boituva, que chegaram a marca dos 50 saltos em um dia. "S?o muitos detalhes para checar: condi?es f?sicas, equipamentos, freios do avi?o". No per?odo de treinamento foram realizados 200 saltos.
A aventura teve como cen?rio, o aeroporto de Muria?. "Os saltos n?o foram feitos em Juiz de Fora, por conta do tr?fego constante do aeroporto. Eu precisaria usar a pista praticamente sozinho", justificou. Neste dia, Almir, a exemplo do tenista Gustavo K?erten, s? tomou ?gua e comeu banana (para evitar c?imbras). Na semana que antecedeu a prova, teve um card?pio orientado por um nutricionista. J? que naquele dia o p?ra-quedista precisou de energia o suficiente para passar 11 horas entre o c?u e a Terra. A meta para o pr?ximo ano ? bater o recorde de saltos em 24 horas.
Esporte requer disciplina e carteira recheada
Para fazer p?ra-quedismo ? preciso muita disciplina e responsabilidade. "Voc? n?o pode deixar de respeitar as regras
e os procedimentos de seguran?a", diz Almir. Do contr?rio, n?o ter? outra chance para
demonstrar suas habilidades.
Al?m disso, voc? deve estar disposto a desembolsar algumas centenas de reais para bancar os saltos de avi?o. Segundo Almir, cada prova custa R$50. "Isso depois que voc? se torna um paraquedista, ou seja, ap?s concluir um curso que custa em m?dia R$3 mil", avisa. Sem falar no equipamento or?ado em R$10 mil.
Depois de conclu?do o curso, o atleta deve se filiar ? Confedera??o Brasileira de P?ra-quedismo e requisitar a caderneta de salto. Para isso ? necess?rio realizar 26 saltos, al?m de uma prova escrita. O instrutor do Aero Clube de Juiz de Fora, Roberto Aguiar de Ara?jo, informa ainda que a mudan?a de categoria tamb?m requer exame de habilidade e salto.
S?o seis categorias: Categoria AI (aluno instru??o), A (de 26 a 50 saltos livres), B (de 51 a 150 saltos), C (ap?s 151 a 300), D (301 a 500 saltos) e E (mais de 500 saltos).
Outro pr?-requisito, segundo Roberto Aguiar de Ara?jo, ? um atestado m?dico que o autorize a fazer esportes radicais. Pessoas card?acas ou com problemas de vis?o n?o s?o aconselhadas a fazer p?ra-quedismo. Em Juiz de Fora, o curso ? realizado no Aero Clube. Mais informa?es: (32) 3233-1003 .
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