Associa??o orienta portadores de epilepsia
Rep?rter: Emilene Campos
01/12/99
Um desmaio ou apenas um "desligamento". Um olhar fixo ou um movimento estranho. Os sintomas da epilepsia s?o diversos, assim como o tratamento, mas a doen?a ainda ? cercada de tabu. Buscando orientar as pessoas, foi criada em Juiz de Fora a Associa??o dos Portadores de Epilepsia de Minas Gerais (Aspemg). A doen?a, que atinge uma em cada cem pessoas no Brasil, ? causada por uma les?o no c?rebro. Problema que pode ser decorrente de forte pancada na cabe?a, infec??o (meningite, por exemplo), neurocisticercose ("ovos de solit?ria" no c?rebro), abuso de bebidas alco?licas, de drogas, ou at? mesmo, algo que ocorreu antes ou durante o parto.
O trabalho da Aspemg ? realizado atrav?s de reuni?es, que acontecem sempre ?s 19h, no ?ltimo domingo do m?s, na Rua Santa Rita, 454. Algumas delas, com a presen?a de m?dicos colaboradores. Nos encontros, s?o discutidos desde procedimentos durante a crise at? exames e medicamentos mais inovadores. Cerca de 30 pessoas comparecem ?s reuni?es e, a maioria, segundo a fundadora da entidade, M?rcia Fajardo de Castro Guersos, vem de outras cidades como, por exemplo, Belo Horizonte, Ub? e Leopoldina.
Ela explica que a iniciativa ? importante porque ainda existem muitos preconceitos e receio para lidar com o problema, tanto que de quem possui a anomalia, quanto de quem convive com o portador. Hoje, ressalta M?rcia, ? poss?vel controlar a doen?a, em fun??o dos medicamentos e cirurgias dispon?veis no mercado. Tanto que ela compara a epilepsia a problemas de hipertens?o e diabetes. ?? perfeitamente poss?vel o portador conviver com a doen?a e ter uma vida profissional ativa. Nada impede que ele trabalhe?, completa M?rcia.
Cerca de 80% dos casos de epilepsia s?o controlados atrav?s de medicamentos e, quando a doen?a ? de dif?cil controle (20% restantes), o paciente realiza uma bateria de exames e a troca dos rem?dios. Se o caso n?o for solucionado, o portador ? analisado por m?dicos e psic?logos e, se necess?rio, aconselhado a fazer cirurgia. O que, na maioria das vezes, culmina em resultados positivos. ?Cerca de 80% daqueles que se submetem ? cirurgia ficam curados completamente e os demais t?m uma melhoria parcial, que pode ser controlada atrav?s de rem?dios".
Outra boa not?cia ? que esta cirurgia ? feita pela rede p?blica de sa?de, em quatro cidades brasileiras: Goi?nia, Ribeir?o Preto, Porto Alegre e S?o Paulo. M?rcia Guersos fez a cirurgia no Instituto de Neurologia de Goi?nia, primeiro hospital a realizar este tipo de opera??o. At? o in?cio de novembro, cinco pessoas que frequentam as reuni?es da Aspemg haviam sido operadas e oito se submetido a exames preliminares. At? o final do m?s, mais dois portadores ser?o encaminhados ao Instituto de Neurologia. As despesas com passagens e estadia correm por conta do paciente.
Fonte:
http://www.epilepsia.org.br
O que ? e como se manifesta a
epilepsia
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