Calorias Que N?o Engordam

? poss?vel calcular a energia despendida durante a pr?tica de uma atividade f?sica por unidade de tempo.
Neste caso, a unidade mais comumente utilizada ? a kcal/min. Ent?o, conhecendo-se o valor cal?rico total dos alimentos ingeridos na dieta di?ria, bem como determinando-se o gasto energ?tico das atividades f?sicas, poderemos, desta forma, prescrever adequados programas de emagrecimento ou manuten??o do peso corporal.

Exemplificando, para um indiv?duo perder (queimar) 1 kg de gordura corporal ter? que deixar de consumir ou gastar cerca de 7730 kcal. Assim, uma atividade que demande 8,4 kcal por minuto necessitar? de 13 a 16 horas de pr?tica desta atividade f?sica para o consumo daquela quantidade energ?tica. Isto significa que se houver padroniza??o de uma dieta com valor cal?rico previamente conhecido, associada ao conhecimento do gasto energ?tico da atividade f?sica, pode-se ent?o predizer a perda de gordura corporal para um determinado per?odo de tempo.

Devemos sempre nos lembrar de que existe uma rela??o entre o tempo gasto em uma atividade f?sica e a intensidade do esfor?o para realiz?-la. Ambos os fatores podem variar consideravelmente.

Citemos como exemplo, o ato de subir v?rios lances de escada. Suponhamos que uma pessoa suba em velocidade m?xima, gastando 15 kcal de energia e uma outra suba mais devagar, despendendo as mesmas 15 kcal. A diferen?a b?sica entre estas duas situa?es, muito embora o gasto cal?rico seja o mesmo, est? no tempo utilizado para realizar o trabalho.

A intensidade e a dura??o do esfor?o n?o interferem somente no gasto energ?tico total, mas tamb?m no tipo de combust?vel que ser? utilizado. Se a intensidade do exerc?cio for grande e a dura??o pequena, o substrato empregado ser? o glicog?nio muscular. Quando a intensidade ? pequena e a dura??o ? longa (acima de 30 minutos), as gorduras passam a ser queimadas, gerando energia. Neste caso as prote?nas s?o pouco utilizadas como fonte cal?rica.

Manipular a equa??o do equil?brio energ?tico ? o passo mais importante de um programa de controle de peso. Passa-se desta assertiva ? pr?tica, criando-se desequil?brios energ?ticos. O consumo energ?tico deve ser maior do que o fornecimento, ou o fornecimento menor do que a quantidade de calorias consumidas. Em ambos os casos, haver? redu??o do peso corporal.

Supondo-se, por exemplo, que o objetivo de um indiv?duo fosse perder 9 kg em 20 semanas. Neste caso, o "d?ficit" m?dio semanal deveria ser de 3500 kcal, o que equivale a um "d?ficit" cal?rico di?rio de 500 kcal (3500 dividido por 7). Para se alcan?ar este valor atrav?s de uma dieta alimentar, o consumo cal?rico deveria ser reduzido de 3000 para 2500 kcal di?rias. Entretanto, este estado precisaria ser mantido durante cinco meses, a fim de que se pudesse obter uma perda total de 9 kg de gordura corporal, ou o equivalente a 450 g semanais. Contudo, se o indiv?duo praticasse exerc?cios moderados correspondentes ? perda de 350 kcal por sess?o, com uma frequ?ncia de 3 vezes por semana, o gasto cal?rico semanal aumentaria para 1050 kcal (3 x 350). Com esta atividade adicional, a restri??o cal?rica necess?ria para perder as mesmas 450 g de gordura seria de 2450 kcal. Portanto, ao inv?s de uma conten??o alimentar di?ria de 500 kcal, seria necess?ria a restri??o de apenas 350 kcal. Desta forma, manipulando-se a intensidade e o volume do exerc?cio praticado, pode-se ter v?rias op?es de dietas cal?rico-alimentares, garantindo-se assim o objetivo inicial de manter ou perder gordura corporal.


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