Dezenas de profissionais da área da saúde saíram em manifestação na tarde desta sexta-feira (23). O ato foi organizado pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Juiz de Fora, que representa o setor privado e filantrópico, em defesa do Piso Nacional da Enfermagem. O piso foi aprovado pelo congresso e sancionado pela Presidência da República, porém acabou sendo suspenso pelo Superior Tribunal Federal (STF).
A concentração dos trabalhadores aconteceu em frente o Hospital e Maternidade Santa Therezinha e os manifestantes seguiram pela Av. Presidente Itamar Franco, sentido praça São Mateus. De lá foram para o Hospital Santa Casa, onde o ato foi encerrado. De acordo com a organização do evento, cerca de mil trabalhadores participaram do ato.
Segundo comunicado enviado pelo Sindicato e assinado pelo presidente do mesmo, Anderson Miranda Sá Stehling, as manifestações estão acontecendo em todo Brasil e são para fazer com que as autoridades responsáveis aprovem a fonte de recursos para que o piso seja implantado o mais rápido possível.
Ainda, de acordo com o comunicado, caso as manifestações não surtam efeitos, a saída será uma greve geral nacional.
Anderson também informa que a partir do dia 3 de outubro acontecerão outras duas manifestações por dia nas portas dos hospitais de Juiz de Fora.
Servidores de saúde de JF também manifestaram na última quarta (21)
Na manhã de quarta-feira (21), no o Dia Nacional de Luta da Enfermagem, os servidores do setor de saúde do município, representados pelo Sindicato dos Sevidores Públicos de Juiz de Fora (SINSERPU-JF) também manifestaram em frente à Prefeitura de Juiz de Fora. Além da pauta comum à todos os enfermeiros - contra a suspensão do piso salarial da categoria, os servidores também cobraram da Administração Municipal o atendimento de uma série de demandas, principalmente do setor da Saúde.
A categoria também exige que o Executivo Municipal envie para a Câmara de Vereadores um Projeto de Lei que garanta a conquista; a progressão de letras na carreira funcional, “estancada” desde maio; o Plano de Cargos e Carreiras, em estudos considerados lentos; a ilegalidade dos auxiliares de enfermagem I executarem atividades de técnico de nível médio; a ausência de enquadramento adequado nas funções dos auxiliares de enfermagem II; as demandas não atendidas dos servidores dos CAPS; atendimento do pleito dos assistentes sociais por uma jornada de 30 horas semanais; o edital de transferência para o setor de urgência, que está parado desde o início da atual Administração Municipal; o pagamento da penosidade nos atestados médicos; mais segurança para os servidores nos locais de trabalho; a suspensão do processo de transferência da gestão do PAI (Pronto Atendimento Infantil) para a iniciativa privada, e resolução dos problemas com o cartão alimentação, que, após a troca da bandeira, deixou de ser aceito em vários estabelecimentos.
Todas essas reivindicações foram listadas em um documento oficial. Segundo o SINSERPU-JF, uma comissão foi recebida pelo secretário de Recursos Humanos, Rogério Freitas, em reunião realizada paralelamente ao Ato. Desse encontro anunciou alguma medidas. "cronograma, a ser anunciado nesta quinta-feira (22), da progressão de letras; A “matriz” do Plano de Cargos e Salários – prometido para meados de outubro; a conclusão do processo de trabalho dos servidores dos CAPS ainda em setembro; levantar as vacâncias para o edital da urgência (na semana que vem); e a resolução dos problemas do cartão alimentação até sexta-feira (23), sob pena de “descredenciar” judicialmente a empresa vencedora da licitação, e a regularização da penosidade nos atestados médicos, com o envio de um Projeto de Lei para a Câmara ainda esta semana".
Sobre outros itens cobrados pelos trabalhadores, a Prefeitura pediu um prazo até meados de outubro. Uma assembleia será realizada no final de outubro para avaliar o andamento das demandas.
“Não era necessário chegar a esse ponto, pois todas as demandas estão na nossa pauta da Campanha Salarial 2022, aprovadas em Assembleia. Agora esperamos que, com esse movimento legítimo dos servidores da Saúde, essas reivindicações sejam realmente atendidas. Estamos passando por um momento de muitas dificuldades e os servidores que ganham menos são os mais prejudicados, principalmente os que dependem do cartão de alimentação”, afirmou o presidente do SINSERPU-JF, Francisco “Chiquinho” Carlos da Silva.
*Texto em atualização
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