A estação mais quente do ano também é o período em que as pessoas sofrem com a presença inconveniente dos insetos. Além do barulho que atrapalha o sono e as marcas das picadas que ficam no corpo, há um outro perigo, salientado pelo Médico Veterinário e professor do Centro Universitário Estácio, Rodrigo Guerra, que é relativo à transmissão de doenças.
Conforme publicado pela Acessa.com, a Prefeitura inicia o reforço das ações de combate ao Aedes aegypti nesta semana e as datas para os dias D, de coleta de materiais que podem servir de criadouro do mosquito podem ser conferidas na matéria.
“Os insetos mais comuns, que perturbam mais as pessoas são os mosquitos e os famosos pernilongos, que são dípteros, principalmente dos gêneros Cúlex e Aedes. O Aedes é o principal transmissor da dengue e o Cúlex tem a capacidade de transmitir algumas doenças”, explica Rodrigo. Além dos mosquitos, há também as moscas, que costumam transitar entre as casas, entre áreas com animais e algumas também que costumam ser encontradas em ambientes periurbanos, como áreas próximas de ambientes rurais ou ruralizados, como a mosca de estábulo, chamada de Stomoxys, que também está entre os maiores perturbadores da saúde humana.
Para que a gente possa tentar minimizar ou evitar o impacto, conforme Rodrigo, devemos evitar manter condições que possam colaborar para a proliferação dos pernilongos, que são vetores das doenças. “Então é importante não deixar água parada, suja em determinados locais, como em terrenos baldios, quintais, para evitar a presença desses insetos. E é lógico que o trabalho é coletivo, ele não é individual. Não adianta uma pessoa só ou uma residência só fazer suas ações. É importante que tenha um consenso e uma troca de informação entre as vizinhanças para que possa haver um controle.” Ele destaca que, em casos de pessoas que verifiquem situações de perigo, denunciem. “Em casa, também é possível adotar ações como colocação de telas, uso de repelentes em tomadas e até armadilhas eletrônicas, que atraem o inseto para que possamos ter esse tipo de controle.”
Rodrigo explica que os pernilongos são atraídos pelo calor dos corpos, pelo abrigo em espaços onde não há incidência de sol e de chuva e também pelo CO2 expelido durante a expiração- por isso, inclusive, o incômodo do barulho próximo aos ouvidos.
Há também outros perigos, conforme ressalta o médico veterinário, entre eles, os flebótomos, conhecidos como mosquitos- palha, que transmitem a leishmaniose. “É mais comum encontrá-los no Estado do Rio de Janeiro, na Região Sul-fluminense, na Zona Central de Minas Gerais, metropolitana de Belo Horizonte, no Norte de Minas também. Incrivelmente, em Juiz de Fora e região, não temos incidência do flebótomo, então a transmissão de leishmaniose é pouco comum aqui. Mas, em virtude da visita a esses locais, temos que ficar atentos à prevenção dessas doenças”.
Rodrigo reitera a importância de evitar a presença do vetor da dengue, da zika e da chikungunya. “Os Aedes aparecem mais no fim da tarde ou início da manhã. Não é tipicamente noturno e tem essa característica de transmissão de doenças mais comuns no nosso meio.”
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