Alunos da Escola Estadual Delfim Moreira retomaram as aulas no Palacete Santa Mafalda, nesta segunda-feira (24), em Juiz de Fora. A movimentação e a rotina típicas de uma escola voltaram a ecoar no prédio que passou quase dez anos fechado para a completa restauração.
Como noticiado pelo Acessa, o governador do Estado Minas Gerais, Romeu Zema, reinaugurou o prédio histórico no dia 24 de março, as aulas retornaram após um mês desta reinauguração. Vale ressaltar que a solenidade foi marcada por protestos de profissionais da educação e estudantes.
Escola Delfim Moreira
A Escola Estadual Delfim Moreira, também conhecida como Grupo Central, atende cerca de 960 estudantes de três turnos dos anos finais do ensino fundamental, ensino médio, Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Há um mês, a restauração foi entregue pelo Governo de Minas, mas ainda faltava a transferência dos estudantes para o atual prédio que é referência no município.
“Estou muito feliz em dedicar todas essas melhorias aos alunos. Tudo que planejamos está sendo colocado em prática. Eles estão surpresos em conhecer as lindezas do lugar. No primeiro horário queriam percorrer tudo e foi até difícil conter a empolgação”, conta a diretora da escola, Letícia Botelho Natalino. Ela ressalta que, além da obra, a escola está recebendo equipamentos novos.
Todas as 16 salas de aula e demais espaços didáticos contarão com televisão de 43 polegadas, conectadas à internet. O objetivo, segundo a diretora, é facilitar ao professor mecanismos digitais de apoio pedagógico na sala de aula. Até o final da semana que vem todos os 23 televisores estarão instalados.
Estudante do 3° ano do ensino médio, Maria Clara Rodrigues de Lima aprovou as novidades. “Foram dez anos esperando para este lugar lindo ficar pronto. É uma honra ser aluna do Central. Com todo esse espaço, com nossos professores que são muito competentes, em um prédio que foi destinado à educação e que tem uma história muito bonita, o Central tem, com certeza, a grande chance de ser uma das melhores escolas de Minas Gerais”, pontuou.
Durante o período da reforma, os estudantes foram alocados em um prédio alugado também situado no centro de Juiz de Fora.
Atraso
A obra teve início em 2019 e tinha previsão de entrega em dois anos, porém, de acordo com Zema ,vários fatores foram somando para o atraso da obra, dentre eles a pandemia.
Em relação ao valor total da obra, o previsto seria para R$8 milhões, porém, ainda de acordo com Zema, por conta das condições o valor passou para R$13 milhões.O prédio foi interditado em 2013 pela Defesa Civil da cidade e em 2019 as obras se iniciaram, com previsão de término para novembro de 2022.
Além do governador, o secretário de Estado e Educação de Minas Gerais, Igor de Alvarenga, também esteve presente. "Hoje é um dia que entregamos não só uma infraestrutura de qualidade, mas também a dignidade para os nossos estudantes poderem estudar em um local adequado, que inspira a aprendizagem", destacou o secretário.
"Essa é uma escola diferenciada, que temos R$400 mil para iniciar os trabalhos de manutenção. É uma escola que necessita de cuidado diferenciado. Cada sala de aula vai ter uma televisão de 47 polegadas", ressaltou Igor.
O Governo do Estado informou que para a reinauguração, foram feitos investimentos para intervenções na estrutura e também para aquisição de mobiliários e equipamentos.
Investimentos
A restauração, entregue em março desse ano, foi coordenada pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG). Ao todo, o Governo de Minas investiu mais de R$13 milhões na recuperação do prédio histórico.
Além disso, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) destinou cerca de R$ 650 mil para aquisição de mobiliários e equipamentos diversos, móveis planejados, que se adequam às necessidades do centenário prédio escolar, e intervenções de jardinagem e paisagismo.
Os estudantes também encontram equipamentos de informática novos. Para isso, foram investidos cerca de R$ 150 mil na renovação do parque tecnológico.
Todos os ambientes estão estruturados com acessibilidade para possibilitar a inclusão de todos. Há, também, um elevador que liga os dois pavimentos, além de rampas de acesso. Apesar dessa instalação, as escadas originais foram mantidas a fim de preservar o patrimônio tombado.
O palacete possui dois pavimentos com construção em estrutura de madeira e alvenaria de pedra e tijolos maciços. Sua fachada está alinhada ao passeio, com uma única porta de madeira ao centro e cercada por vãos em arco e janelas no modelo guilhotina. O casarão apresenta elementos clássicos comuns de construções realizadas no Brasil no final do século XIX e início do século XX.
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